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http://hdl.handle.net/10174/16311
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Title: | A escultura ao serviço da ilustração científica. E a sua importância na comunicação das ciências |
Authors: | Guerreiro, Cláudia Pereira da Cruz Carvalho |
Advisors: | Salgado, Pedro Vasquez, Rui |
Keywords: | Escultura científica Ilustração científica Museologia Taxidermia Ceroplástica Modelos anatómicos Modelos didácticos Papier-mâché Dioramas Scientific sculpture Scientific illustration Museology Taxidermy Wax models Anatomic models Didactic models Papier-mâché Dioramas |
Issue Date: | 2012 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | Em Portugal, o conceito de escultura científica é ainda ignorado, e embora a ilustração
científica portuguesa seja já uma referência a nível mundial, a escultura científica tem
ainda um longo caminho a percorrer. A dificuldade e os custos que a escultura acarreta
provocam, nas artes plásticas, uma menor produção nesta área do que nas áreas de
expressão bidimensional. Na vertente científica as razões não serão diferentes, sendo
ainda acrescidas das dificuldades próprias desta técnica e de aquisição de materiais
específicos, que têm muitas vezes que ser importados.
Numa lógica de tridimensionalidade, vigente nos museus mais importantes do mundo,
urge um despertar para a escultura também nos museus portugueses. Pensar a escultura
científica como uma disciplina, será pois, objectivo desta tese.
Hoje em dia a escultura científica está muito próxima das técnicas utilizadas no hiperrealismo,
no entanto as preocupações são as mesmas da ilustração científica, ao
contrário do hiper-realismo que apenas se dedica a fins artísticos. Por seu lado, a
escultura científica deverá/poderá ser encontrada em museus de conhecimento
científico, sejam de história natural, ciências naturais ou de outra ordem, servindo, tal
como a ilustração científica para comunicar ciência, mas mais do que esta, que pretende
em primeira instância comunicar a uma comunidade científica (como são exemplo as
ilustrações para artigos científicos), a escultura tem em primeiro plano a comunicação
com um público mais vasto, menos informado. Continua a estar mais ligada à educação
e nesse sentido terá que ser um ponto-chave nas preocupações dos museus científicos.
Ao contrário da ilustração científica, por definição bidimensional e por isso feita para
livros e publicações científicas, e não obstante a sua vertente expositiva, é na escultura
que podemos encontrar o expoente máximo do conceito de exposição. Os museus,
espaços tridimensionais, vivem da ocupação do espaço pelos visitantes e, cada vez mais,
faz sentido um investimento em dioramas em vez de objectos dispersos, cada vez mais
se procura uma relação do espaço com o corpo do visitante, cada vez mais a
interactividade é uma preocupação, e a escultura é um veículo com imensas
possibilidades para servir este propósito.
Arte também é comunicação, e, aliada à área científica, o resultado só pode ser
melhorado para os dois lados; ABSTRACT: In Portugal, the concept of scientific sculpture is still mostly ignored, and although
Portuguese scientific illustration is already a worldwide reference, scientific sculpture
still has a long way to go. The difficulty and high costs sculpture entails result in its
lower production, in comparison with two-dimensional art forms. On the scientific side,
the reasons for this disregard of sculpture are not so different, being nonetheless
enhanced by the specific complexities inherent to this technique and by the difficulty in
the acquisition of specific materials, which often have to be imported.
Following the logic of three-dimensionality, present in all major museums in the world,
there is an urge to finally awake Portuguese museums to sculpture. Therefore, thinking
scientific sculpture as a discipline will be the aim of this thesis. Nowadays scientific
sculpture is, in terms of its techniques, very close to hyper-realism, however its
concerns are the same as scientific illustration’s, in the sense that, unlike hyper-realism,
it isn’t solely dedicated to artistic purposes. Scientific sculpture can (or at least, should)
be found in museums of scientific knowledge, whether of natural history, natural
sciences or others, serving, as does scientific illustration, the purpose of communicating
science. However, unlike the latest, which aims, in a first instance to communicate to
the scientific community (as exemplified by the illustrations made for scientific papers),
sculpture intends mainly to reach a wider and less informed audience. Thus, scientific
sculpture is more closely linked to education, and thus this has to be a key-concept into
scientific museums' concerns. Furthermore, in opposition to scientific illustration, which
is, by definition, bi-dimensional, and thus especially suitable for books and scientific
publications, and notwithstanding its expository side, it is in sculpture that we can find
the maximum exponent of the concept of exhibition. And because museums, in their
quality of tridimensional spaces, live off of the occupation of its space by its visitors,
there has been an increased investment in dioramas instead of scattered objects, as well
as a desire to deepen the relation between the physical space and the visitor’s body,
making interactivity an increasingly significant concern. Thus, sculpture is a means offering enormous possibilities to serve these purposes. Art is also communication and
combining it with the scientific field can only improve both áreas. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/16311 |
Type: | masterThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado
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