|
Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/10174/9280
|
Title: | Propagação da oliveira - metodologias e sua evolução |
Authors: | Peixe, A. Santos, M.L. Porfírio, S. |
Editors: | Bohm, J. |
Keywords: | Oliveira propagação Olea europaea estacaria enxertia cultura in vitro |
Issue Date: | 2013 |
Publisher: | Dinalivro |
Citation: | Peixe A., Calado M. L., Porfírio S. (2013), Propagação da oliveira – metodologias e sua evolução. In: O grande livro da oliveira e do azeite, Dinalivro Editora, Lisboa, Portugal, 101-119. |
Abstract: | Nas oleáceas, família botânica onde se inclui a oliveira, para além da multiplicação por via sexuada (semente), a capacidade que as células vegetais têm de expressar a sua totipotência permite também a multiplicação por via assexuada ou vegetativa (estacaria, enxertia, mergulhia, etc..). Se no primeiro caso, especialmente em espécies alogâmicas como oliveira se obtém uma descendência que manifesta sempre características que refletem a variabilidade genética dos dois progenitores, dando origem a produtos híbridos, já no segundo se obtêm clones, genotípica e fenotipicamente idênticos à planta da qual se retirou o propágulo vegetativo utilizado no processo de multiplicação escolhido.
De um modo geral a formação de raízes adventícias é um passo obrigatório na propagação vegetativa e, na oliveira, assim como em muitas outras espécies, dificuldades associadas a este processo resultam frequentemente em perdas económicas significativas.
Inicialmente o enraizamento adventício foi considerado como um processo caracterizado por uma só fase, sob o controlo de um regulador de crescimento específico (rizocalina). No entanto, progressos consideráveis foram feitos nas últimas décadas para uma melhor compreensão do enraizamento, caracterizando-o como um processo evolutivo, que consiste numa série de fases, sucessivas e interdependentes (iniciação, indução e expressão), cada uma apresentando necessidades fisiológicas e ambientais específicas (Moncousin et al., 1988, Gaspar et al., 1992, Gaspar et al., 1994, Rout et al., 2000).
A fase de indução é caracterizada por modificações a nível molecular e bioquímico sem alterações visíveis anatomicamente. A fase de iniciação caracteriza-se por divisões celulares que podem por um lado originar a formação do calo de cicatrização e, por outro, conduzem à organização dos primórdios da raiz, eventos estes já detetáveis histologicamente. Por último, a fase de expressão, caracteriza-se pelo crescimento dos primórdios radicais e emergência da raiz, conduzindo a significativas alterações na morfologia externa da estaca (Li et al., 2009).
As raízes adventícias podem originar-se a partir da rediferenciação de vários tipos de células como as dos tecidos sub-epidérmicos, do córtex, câmbio, floema secundário, periciclo, ou feixes vasculares (Ono et al., 1996).
Em oliveira, a capacidade de desenvolvimento das raízes adventícias provou ser extremamente variável entre as cultivares (Salama et al., 1987, El-Said et al., 1990, Fouad et al., 1990). Diferenças na estrutura anatómica das estacas foram propostas para explicar esta dependência do genótipo, com vários autores a afirmarem que a presença de um anel contínuo de esclerênquima entre o floema e o córtex, pode por vezes atuar como uma barreira mecânica para a emergência das raízes (Ciampi e Gellini, 1963, Salama et al., 1987, Qrunfleh et al., 1994). Outros autores no entanto referem que a incapacidade de várias cultivares de oliveira para formar raízes adventícias, está associada a causas genéticas, bioquímicas ou fisiológicas, e não a aspetos ligados à estrutura anatómica do caule (Bakr et al., 1977, Fabbri, 1980). |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/9280 |
ISBN: | 978-972-576-620-0 |
Type: | bookPart |
Appears in Collections: | FIT - Publicações - Capítulos de Livros MED - Publicações - Capítulos de Livros
|
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.
|