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http://hdl.handle.net/10174/36618
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Title: | O que pode ser uma ilha! O lugar que se desenha |
Authors: | Gouveia, Marta Inês Paulo |
Advisors: | Mendes, Rui Miguel Simões Gonçalves Nicolas Ferrera, Daniel |
Keywords: | Açores Ilha Atmosfera Tempo Paisagem Azores Island Atmosphere Time Landscape |
Issue Date: | 27-Feb-2024 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | Ilhas que são arquitetura?
E o tempo, como arquiteto da forma e do espaço?
São Miguel é um lugar-laboratório de interferência do homem na construção de pai
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sagem. Assistimos ao modo como as substâncias e o processo material de formação
do espaço tornam a paisagem uma espécie de energia em movimento. A pedra, maior
elemento local, estabelece limites. É o elemento construtivo que transporta a primeira
ideia de ocupação do solo. Constrói o lado humanizado da paisagem onde os muros
participam de um desenho que parece sempre ter existido. É a partir do desenho do
chão que o ilhéu cria espaços de possibilidade para a vida, numa tentativa de controlar
a atmosfera, por vezes punitiva e violenta, formando uma rede de salas a céu aberto.
Cada sala é um recinto, um espaço cultivado fechado, tão amplo quanto a própria
paisagem, incorporando de igual modo a infinitude dos céus. São simultaneamente
dentro e fora, paisagem e arquitetura, finito e infinito.
Esta forma de manipulação do território, numa malha de recintos-jardins, representa
a intenção abstrata e clara de sobrevivência insular, onde culturas autóctones, como
a laranja, a banana, a vinha, ect encontram o lugar ideal. Um território continuamente
desenhado pela agricultura.
É nesta aproximação à arquitetura como rei
ficação dos arquétipos do inconsciente
coletivo, que a proposta enuncia um lugar de possibilidade, para o estudo e pesquisa,
como uma ferramenta de investigação da agricultura e das plantas. Um espaço de
produção, tratando de conceitos como a fertilidade, estética e prazer do corpo.
A relação entre muros e céu desenha um esqueleto de peças elementares que dão
corpo ao jardim cultivado. Um espaço que vive da ação do tempo, da materialidade,
da espacialidade e do etéreo, lugar de simbiose entre jardim e arquitetura, herdeiro do
estudo quer da relação entre geografia e geologia, entre culturas e tempos de produ
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ção e entre a atmosfera e sistemas hídricos.
O sistema de construção dos muros e dos recintos será também um sistema híbrido:
uma massa de pedra, água, vegetação e vento; - ABSTRAT;
WHAT COULD BE AN ISLAND.
THE PLACE THAT IS DESIGNED. SÃO MIGUEL, AZORES - Islands that are architecture?
And time, as the architect of form and space?
São Miguel is a laboratory site for human interference in the construction of lands
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cape. We witness how substances and the material process of space formation
make the landscape a kind of energy in movement. The stone, the largest local
element, establishes limits. It is the constructive element that conveys the first idea
of land occupation. Build the humanized side of the landscape where the walls
participate in a design that seems to have always existed. It is through the design
of the floor that the islet creates spaces of possibility for life, in an attempt to con
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trol the atmosphere, which is sometimes punitive and violent, forming a network of
open-air rooms. Each room is an enclosure, a closed cultivated space, as wide as
the landscape itself, equally incorporating the infinity of the heavens. They are si
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multaneously inside and outside, landscape and architecture, finite and infinite.
This form of manipulation of the territory, in a network of garden enclosures, represents the
abstract and clear intention of island survival, where indigenous cultures, such as oranges,
bananas, vines, etc. find their ideal place. A territory continually shaped by agriculture.
It is in this approach to architecture as a reification of the archetypes of the col
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lective unconscious, that the proposal enunciates a place of possibility, for stu
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dy and research, as a tool for investigating agriculture and plants. A produc
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tion space, dealing with concepts such as fertility, aesthetics and body pleasure.
The relationship between walls and sky creates a skeleton of elementary pieces that
give shape to the cultivated garden. A space that lives on the action of time, materia
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lity, spatiality and the ethereal, a place of symbiosis between garden and architectu
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re, heirs of the study of the relationship between geography and geology, between
cultures and times of production and between the atmosphere and water systems .
The construction system for the walls and enclosures will also be a hybrid system: a
mass of stone, water, vegetation and wind. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/36618 |
Type: | masterThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado
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