A experiência topofílica neerlandesa - impressões, perceções e atitudes

Abstract

Este relatório foi desenvolvido ao longo de um estágio profissional de seis meses, num atelier de arquitetura paisagista e urbanismo localizado em Roterdão, nos Países Baixos, um país com um contexto geográfico consideravelmente distinto e distante do português. É esta discrepância notável que motivou a elaboração de um “diário” ao longo deste período. Baseado na minha experiência pessoal e profissional, complementado por literatura e entrevistas, neste diário procurarei descrever a evolução da minha perceção e vivência do ambiente holandês assim como relatar a experiência pessoal da construção de um sentimento topofílico. Ao ponderar as expectativas, primeiras impressões e fundamentos sobre um outro modo de pensar a arquitetura paisagista e a paisagem, pretendo também compreender o processo através do qual um sítio se consolida como lugar. Estando integrado numa equipa multidisciplinar, de antecedentes diversos, foi-me permitido analisar os pontos em que a escola paisagista holandesa se aproxima, ou distingue, não só da minha atitude perante a paisagem, mas também das visões globais dos restantes membros da equipa; ABSTRACT: THE DUTCH TOPOPHILIC EXPERIENCE - IMPRESSIONS, PERCEPTIONS AND ATTITUDES. Key words: Landscape Architecture; Topophylia; Perception; Attitude; Journal This report was developed during a six-month professional internship in a landscape architecture and urban planning studio located in Rotterdam, the Netherlands, a country with a geographical context that is considerably different and distant from Portugal. It’s this remarkable discrepancy that prompted the writing of a journal during this period. Based on my personal and professional experience, complemented by literature and interviews, in this diary I will try to describe the evolution of my perception and experience of the Dutch environment as well as the personal experience of building a topophilic feeling. By weighing up the expectations, first impressions and foundations of another way of thinking about landscape architecture and the landscape, I also aim to understand the process by which a site consolidates itself as a place. Being part of a multidisciplinary team with diverse backgrounds allowed me to analyse the points at which the Dutch landscape school comes closer to, or differs from, not only my attitude towards the landscape, but also the overall visions of the other team members