Força, saturação de oxigénio muscular, dor e qualidade de vida em pacientes com fibromialgia submetidos a condições de fadiga

Abstract

Objetivos: avaliar os efeitos de um teste de fadiga com aplicação de força muscular concêntrica, na força, saturação de oxigénio muscular, dor e qualidade de vida em pacientes com fibromialgia. Metodologia: a amostra deste estudo foi constituída por 37 pessoas do sexo feminino, com uma idade média de 30.5 anos (±13.6). A força muscular dos membros inferiores foi avaliada em apenas 1 momento com ações musculares concêntricas na perna dominante após um aquecimento de 3 minutos no ciclo ergómetro. Teste: Ação concêntrica/concêntrica: (com/com) 1. 3 repetições flexão/extensão alternada do joelho e uma amplitude angular de 90º da flexão para a totalidade da extensão (familiarização com o aparelho) 2. 20 repetições flexão/extensão alternada do joelho e uma amplitude angular de 90º da flexão para a totalidade da extensão e uma velocidade angular de 180º/seg. Para avaliar a dor foi usada a escala visual analógica (EVA), também foi usada a escala subjetiva de perceção do esforço de Borg. A percentagem de saturação de oxigénio muscular foi avaliada através de um monitor de oxigénio muscular – MOXY-3 (USA), com sistema Goldencheeta, colocado na porção medial dos músculos vasto externo a partir da origem (trocânter maior da face lateral do fémur) e inserção (tuberosidade da tíbia e ligamento da patela (tendão patelar)). Foi ainda monitorizada a frequência cardíaca usando o Polar Vintage M. No que respeita à qualidade de vida foram usados questionários de qualidade de vida (SF-36) relacionando os seus diferentes constructos. Resultados: neste estudo verificou-se que os pacientes com FM se cansam mais que os restantes, têm menos força e mais dor. Conclusão: pode-se concluir que os pacientes com fibromialgia apresentam diferenças físicas e fisiológicas em relação ao grupo de controle de indivíduos saudáveis quando submetidos a um protocolo de fadiga. Durante a recuperação, os pacientes apresentaram uma efetiva redução na frequência cardíaca, mas houve um aumento nas taxas de esforço e dor, o que sugere a necessidade de investigações mais aprofundadas no futuro; Abstract: Strength, Muscle Oxygen Saturation, Pain and Quality of Life in Fibromyalgia Patients Under Fatigue Conditions. Objectives: to evaluate the effects of a fatigue test with the application of concentric muscle strength on strength, muscle oxygen saturation, pain and quality of life in patients with fibromyalgia. Methodology: the sample of this study consisted of 37 females, with a mean age of 30.5 years (±13.6). Lower limb muscle strength was assessed in just 1 moment with concentric muscle actions on the dominant leg after a 3-minute warm-up on a cycle ergometer. Test: Concentric/Concentric Action: 1. 3 repetitions of alternating knee flexion/extension and an angular range of 90º from flexion to full extension (familiarization with the device) 2. 20 repetitions of alternating knee flexion/extension and an angular range of 90º from flexion to full extension and an angular velocity of 180º/sec. To assess pain, the visual analog scale (VAS) was used, as well as the Borg subjective perception of exertion scale. The percentage of muscle oxygen saturation was assessed using a muscle oxygen monitor – MOXY-3 (USA), with the Goldencheeta system, placed in the medial portion of the vastus externus muscles from the origin (greater trochanter of the lateral face of the femur) and insertion (tibial tuberosity and patellar ligament (patellar tendon)). Heart rate was also monitored using Polar Vintage M. Regarding the quality of life, quality of life questionnaires were used, relating their different constructs. Results: in this study, it was found that patients with FM get tired more than the rest, have less strength, and have more pain. Conclusion: it can be concluded that patients with fibromyalgia exhibit physical and physiological differences compared to healthy control subjects when undergoing a fatigue protocol. Although the patients' heart rate values indicated effective recovery during the post-protocol recovery period, the rates of exertion and pain increased, which suggests the need for further exploration in future investigations.