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http://hdl.handle.net/10174/15510
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Title: | O andrógino enquanto ideologema da sexualidade: entre Ariosto e Virginia Woolf |
Authors: | Matos, Vasco Manuel Gamito Pereira de |
Advisors: | Alves, Hélio |
Keywords: | Literatura inglesa Estudos literários Ideologema da sexualidade Ariosto e Virginia Woolf |
Issue Date: | 2004 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | O presente exercício comparatista pretende demonstrar a existência de intertextualidade – por via onomasiológica, mas não só – entre os textos de Ludovico Ariosto, Orlando Furioso, e de Virginia Woolf, Orlando. Aquando da demonstração dessa intertextualidade, e porque no texto de Woolf o tema da androginia é evidente, foi necessário recorrer à análise temática assente em investigações na área da semiologia de forma a verificar como a intertextualidade é corroborada ao nível da temática. Documentámos esta parte da nossa análise recorrendo aos textos de Claude Bremond, Thomas G. Pavel, Gerald Prince, Inge Crosman Wimmers e Raymond Trousson, ente outros. Estabelecido este pressuposto, conseguimos demonstrar que mais do que tema, o andrógino erige-se em ambas as obras enquanto ideologema da sexualidade, isto é, enquanto prática significante de uma certa reivindicação do direito à produção textual independentemente do género sexual. A fim de demonstrar como este processo se mantém entre os vários textos que constituem o coreus desta dissertação, assentámos a nossa demonstração da intertextualidade nos conceitos de geno e feno-texto. Para tal, recorremos sobretudo às investigações de Julia Kristeva. Para demonstrarmos como o texto de Ariosto, de 1516, ressurge no texto de Virginia Woolf, de 1928, analisámos ainda duas obras que consideramos fundamentais para o estabelecimento desse percurso intertextual: La Diana, de Jorge de Montemor (1559), e As You Like It (1623), de William Shakespeare. Constatámos, assim, que o ideologema do andrógino se mantém nos quatro textos. Mais, chegámos à conclusão de que é através do texto de Montemor que o texto de Ariosto se manifesta em Shakespeare, passando directamente deste para o texto de Virginia Woolf
/*** Abstract - This comparative exercise intends to demonstrate the existence of intertextuality – under an onomasiologic point of view, among others – between the texts of Ludovico Ariosto, Orlando Furioso, and Virginia Woolf, Orlando. Once in Woolfs text the theme of androgyny is evident, we had to recur to a thematic analysis based on semiotic research in order to establish how intertextuality might be confirmed by thematics. That part of our analysis is documented by making use of texts by Claude Bremond, Thomas G. Pavel, Gerald Prince, Inge Crossman Wimmers and Raymond Trousson, among others. After establishing this pre-assumption we managed to demonstrate that, more than the theme, the androgyne rises as ideologem of sexuality in both works, i.e. as a significant practice of a certain claim for the right of text production regardless of gender. In order to demonstrate how this process maintains itself among the several texts that constitute the corpus of this dissertation, we have based our demonstration of intertextuality on the concepts of geno and fenotext. For this purpose, we called mainly upon the research works by Julia Kristeva. To demonstrate now Ariosto's text (1516) reappears in the text by Virginia Woolf (1928) we have studied two other works that we consider fundamental for the establishment of this intertextual pathway: La Diana, by Jorge de Montemayor (1559), and William Shakespeare's As You Like It (1623). We thus reached the conclusion that the ideologem of the androgyne is present in the four texts. More: we have come to the conclusion that it is via the text by Montemayor that Ariosto's text manifests itself in Shakespeare, passing directly to Virginia Woolf s text. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/15510 |
Type: | masterThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado
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