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Title: Estudos de saneamento de viroses e de detecção do Harvírus "Prune Dwarf Virus" em amendoeira e introdução à técnica de transcrição inversa - "Polymerase Chain Reaction" in situ
Authors: Tereso, Susana Isabel Lopes Claro
Advisors: Oliveira, Margarida
Keywords: Melhoramento de plantas
Amendoeira
Harvírus
Prune Dwarf Virus
Issue Date: 1999
Publisher: Universidade de Évora
Abstract: “Sem resumo feito pelo autor” - História da cultura - A amendoeira é uma das principais culturas arvenses a nível mundial. Esta árvore de fruto pertence à familia Posaceae e tem sido incluída por alguns botânicos no género Prunus devido à sua relação com outras espécies deste género (pessegueiro, ameixeira, cerejeira e damasqueiro), designando-a por Prunus dulcis (Miller) D. A. Webb syn. Prunus amygdalus Batsch. (Kester et al., 1986). No entanto, os primeiros botânicos classificavam-na como sendo um género distinto — Amygdalus - e utilizavam o termo communis para indicar as respectivas espécies cultivadas (Grasselly e Crossa-Raynaud, 1980 in Rugini, 1983). A amendoeira parece ter o centro de origem nas regiões montanhosas da Ásia Central (India, Irão e Paquistão), sendo provavelmente resultante do cruzamento entre as espécies Amygdalus fenziliana Fritsch e Amygdalus bucharica Korsch (Popov, 1929 in Rugini, 1983), ambas relacionadas com a Amygdalus communis L. Esta espécie foi dispersa pela Bacia do Mediterrâneo, e em cerca de 1700 a.C. era comum na Palestina (Woodroof, 1967 in Rugini,1983). A cultura da amendoeira, iniciada aproximadamente em 450 a.C., expandiu-se a partir da Grécia para a Costa Mediterrânica em áreas localizadas. Posteriormente, foi levada para a costa ocidental da América do Norte, onde agora constitui uma das mais importantes fruteiras dos Estados Unidos (Sousa, 1990). Actualmente, a cultura da amendoeira situa-se nos arredores do mar Mediterrâneo e Médio Oriente e na Califórnia - zonas onde se concentra mais de 90% da produção mundial - e em pequenas áreas que também apresentam o tipo de clima mediterrânico (Himalaia, Chile, Argentina, África do Sul e Austrália). Esta cultura é totalmente condicionada por este tipo de clima, em particular no que respeita ao regime de chuvas nestas zonas. Nesta espécie, as chuvas de Primavera não devem interferir com a polinização cruzada realizada pelas abelhas, porque as cultivares tradicionais são auto- -incompatíveis, enquanto que as chuvas de Outono não devem causar problemas à colheita e subsequente secagem dos frutos (Socias i Company,1997). - Características gerais da planta - A amendoeira é uma árvore de altura média com ramos glabros os quais, com cerca de um ano de idade, apresentam uma cor verde-pálida a vermelho-acastanhada. Na maioria das cultivares mediterrânicas, incluindo as portuguesas, as folhas apresentam pecíolos e são lanceoladas a ovadas com um ápice agudo. Os ramos produzem botões foliares pontiagudos, e botões florais arredondados cujos primórdios florais surgem no início do Outono. De Novembro a Janeiro, dependendo da cultivar (cv.), ocorre a formação dos grãos de pólen (microsporogénese), e a maturação do ovário ocorre logo após a floração (Rugini, 1983). As flores são hermafroditas, sendo constituídas por 5 pétalas brancas ou rosa, 5 sépalas, l único pistilo contendo 2 óvulos, e 20-40 estames. A floração, a qual precede o rebentamento vegetativo, é extremamente precoce e ocorre de Janeiro a Março, dependendo da cultivar. A poção é geralmente entomófila (Rugini, 1983). O fruto consiste numa drupa em forma de ovo com um padrão de crescimento sigmóide. O pericarpo é geralmente fino (5-15mm) e sofre deiscência na maturidade. 0 endocarpo, o qual pode variar na forma, aparência superficial e consistência, é um importante factor na identificação de diferentes cultivares. O endocarpo envolve uma ou duas amêndoas as quais podem variar em tamanho, pesando 0,5-1,5g. Dois cotilédones bem desenvolvidos ocupam o volume total da amêndoa a qual é comestível, podendo ser doce ou amarga (Rugini, 1983). A amendoeira é uma espécie diplóide (2x = 16), tal como as espécies selvagens com ela relacionadas (Rugini, 1983). É altamente polimórfica, provavelmente por ser auto-incompatível e consequentemente necessitar de polinização cruzada, bem como devido à sua propagação, realizada exclusivamente por via seminal até finais do século XIX (Rugini, 1983; Socias i Company e Felipe, 1992 in Socias i Company, 1997). A sua variabilidade dificulta a distinção entre cultivares e linhagens híbridas genuínas, complexo designado por "ecotipos" (Grasselly e Crossa-Raynaud, 1980 in Rugini, 1983). A amendoeira exige clima quente e seco na Primavera, resistindo bem à secura desde que enxertada em porta-enxertos adequados. Por ser susceptível a asfixia radicular, exige solos com boa drenagem (IMAIAA, 1994). O porta-enxerto mais utilizado é o franco de amendoeira (amêndoa amarga). Contudo, os porta-enxertos híbridos de pessegueiro x amendoeira, apesar de serem mais caros, oferecem vantagens significativas em relação ao franco – a amendoeira apresenta maior vigor, produção e qualidade da amêndoa. O híbrido de pessegueiro x amendoeira que tem sido mais utilizado é o GF-677 (Cordeiro e Monteiro,1997).
URI: http://hdl.handle.net/10174/13166
Type: masterThesis
Appears in Collections:BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado

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