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http://hdl.handle.net/10174/12243
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Title: | Espaço urbano entre muros: proposta de Centro de Cultura Contemporânea Caminho do Oriente, na antiga frente ribeirinha de Lisboa |
Authors: | Figueiredo, Ana Magro |
Advisors: | Jiménez, Daniel Soares, João |
Issue Date: | 2013 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | Introdução:
Terrenos vagos'. Espaços urbanos em falência, tornados obsoletos, desativados e esquecidos. Interstícios. Espaços residuais. Espaços marginais. Espaço imprecisos. Áreas de impunidade. Estas designações de espaço urbano têm em comum significados e ambiguidades. São espaços alternativos, de fuga, que ficaram fora de uma determinada urbanidade, que estagnaram e resistiram às transformações da cidade. São ligação e continuidade entre vários tempos, assim como, das sucessivas transformações. Esta dimensão da cidade leva-nos a uma reflexão sobre a frágil condição destes lugares em estado transitório, onde o espaço urbano pode ser recriado. Espaço urbano entre muros é o tema, de trabalho de projecto, que propõe a reflexão sobre as questões urbanas, acima referidas. Além da dimensão teórica, que busca e estuda esta particularidade temática do espaço urbano, existe uma dimensão prática, que propõe "construir o espaço construído". A expressão entre muros, não se refere a um espaço que é compreendido entre muralhas. Este espaço entre muros é um espaço particular e concreto. Não é uma rua, nem é uma praça. É um espaço sem referência directa a outros espaços urbanos. É um espaço especial, ao ponto de não existir um nome que possa defini-Io. Pode, no entanto, definir-se pelas suas características. Exemplo de um desses espaços é o espaço urbano onde terá lugar o espaço entre muros. Localizado na Antiga Frente Ribeirinha da cidade de Lisboa, este espaço é caracterizado pela ideia do vazio, o vazio do rio que um dia ali chegava: a ideia deste espaço pertence à cidade, existindo ali, há muito, antes como leito e muro de contenção, antes cheio de rio e agora cheio de nada. Dividindo o território em duas grandes cotas, este muro continua com a sua importante função de contenção. o tema surge, então, destas questões que o lugar levanta: por um lado, a condição de espaço da cidade que é de ninguém, lugar onde a barreira da linha férrea domina; sem programa, é um lugar tão desconexo para com a sua envolvente, quanto tudo na sua proximidade, por outro lado regista-se a excepção dos conventos e do que resta das quintas de recreio. Face às características do lugar, a solução encontrada, foi o desenho de um vazio definido por dois muros. O muro proposto, um muro habitado faz frente a um muro existente inabitado. Desta relação de habitado e inabitado, surge um espaço intersticial, um espaço entre, ao qual se chamou Espaço urbano entre muros. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/12243 |
Type: | masterThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado
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