Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/12072

Title: Problemática do envelhecimento na perspectiva da Ecologia Humana: o caso particular de Castelo de Vide
Authors: Pestana, Maria Teresa de Aguiar Pereira e
Advisors: Nazareth, Joaquim Manuel
Keywords: Envelhecimento demográfico
Castelo de Vide
Issue Date: 1994
Publisher: Universidade de Évora
Abstract: Introdução - Se o trabalho profissional obriga a pôr em prática os conhecimentos, atitudes e aptidões adquiridos nesse âmbito específico e necessários à sua consecução suscita, não raras vezes, questões indutoras de investigação. O nosso trabalho de Clínica Geral/Médico de Família, prendendo-se com o fornecimento de cuidados essenciais e contínuos a indivíduos e famílias e aceitando a responsabilidade da decisão inicial sobre todos os problemas que o utente possa apresentar, esbarra por vezes com dificuldades quase intransponíveis. Este facto é marcante na área da Geriatria onde nos pedem respostas médicas a problemas fimdamentalmente sociais e demográficos. O detectar fácil desta questão tem a ver com o nosso local de trabalho: um concelho do interior do País, onde o envelhecimento demográfico se tem feito sentir. Os problemas "difíceis", colocados tanto pela família como pelo idoso, têm a ver com a resolução da dependência, física e/ou psíquica, do idoso. Dois curtos exemplos da nossa prática clínica demonstram bem o que pretendemos dizer. Ao sermos abordados por um indivíduo de idade queixando-se de dificuldade à locomoção, o nosso primeiro olhar vai para a possível etiologia (p. ex- a bradicinésia do síndroma de Parkinson) e seguidamente para a prescrição de uma terapêutica, a maior parte das vezes sintomatológica. Também quando um familiar de um indivíduo idoso o acompanha à consulta referindo que "não o consegue tratar porque ele não descansa de noite" (p. ex. a insónia da depressão) tentamos medicar com o intuito de solucionar o problema. Mas houve um pedido, não expresso. de ajuda pelo indivíduo e pela família nos primeiro e segundo casos, respectivamente, em ordem a resolver uma questão que impõe uma dificuldade na vida do dia-a-dia. Se o tratamento médico não provocar melhoria do quadro sintornatológico, o que e sumamente frequente em Geriatria, ou se houver somente uma melhoria temporária e transitória, novos pedidos de ajuda existirão, esbarrando com a incapacidade do médico na sua solução. Posteriormente, em colaboração ou não connosco, a sociedade na finura de familiares ou outros que estejam disponíveis negociará a resolução dos problemas. Dizemos disponíveis precisamente porque aqui reside o âmago da nossa dúvida. É-nos dado observar na sequência do seguimento prestado ao idoso que este se queixa de abandono por parte da família, encontrando no plano das respostas organizadas (apoio domiciliário, centro de dia, lar) as possibilidades possíveis de apoio. Mas não sendo muito lato o leque de opções, aquando de situações algo limitativas da vida na comunidade o idoso é transferido de sua casa para lares. Parece-nos que, dos que pedem ajuda, poucos são os que permanecem na comunidade vivendo em suas casas ou em casa de família. A família não fornece ao idoso a ajuda pretendida. Quais as possíveis dimensões a identificar nesta mudança de direcção do modo de vida do idoso? O envelhecimento social tem vindo a ser estudado à luz de diversas problemáticas, desde a óptica descritiva e analítica à interdependência entre a transformação demográfica e a instituição familiar, passando pelo estudo da relação população-recursos. Se, por um lado, aquela alteração do modo de vida do idoso terá a ver com um processo de envelhecimento demográfico, também tem relação com as alterações que se passam no seio da família.
URI: http://hdl.handle.net/10174/12072
Type: masterThesis
Appears in Collections:BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado

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