La nueva derecha populista radical en Portugal: una lectura sociológica del cambio cultural y político [The new radical populist right in Portugal: a sociological reading of cultural and political change]

Abstract

Este capítulo analisa sociologicamente o surgimento e ascensão do Chega em Portugal, partido da nova direita populista radical fundado em 2019 por André Ventura. Contextualiza o fenómeno no ressurgimento europeu da extrema-direita, associado a crises económicas, migratórias e políticas, desprestigio institucional e uso intensivo de redes sociais. O partido caracteriza-se como antissistema, nacionalista, conservador e liberal economicamente, explorando temas fraturantes como segurança, corrupção e imigração. Analisa sete ciclos eleitorais: crescimento de resultados modestos (2019) para terceira força parlamentar em 2022 com 12 deputados (7,15%), destacando-se nas presidenciais de 2021 (11,93%). O êxito justifica-se pelo descontentamento com os partidos tradicionais, pela liderança mediática de Ventura e pela resposta a exigências de eleitores insatisfeitos relativamente à imigração e à ordem pública. Perspetiva-se um fortalecimento contínuo e eventual participação governamental.