Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/33209

Title: Importância da água nas sociedades nómadas do sul do Cunene, Angola, em tempo de escassez
Authors: Chambel, António
Editors: Oosterbeek, Luiz
Gomes, Hugo
Keywords: Água
Água subterrânea
Escassez hídrica
Sustentabilidade
Bacia do Cunene
Angola
Issue Date: 2022
Publisher: Instituto Terra e Memória
Citation: Chambel A 2022. Importância da água nas sociedades nómadas do sul do Cunene, Angola, em tempo de escassez. Livro de resumos do XXIII Encontro de Estudos Ambientais dos Países de Língua Portuguesa “Ciências da Sustentabilidade em Língua Portuguesa…, Por Mares Nunca Dantes Navegados…”, Eds: Oosterbeek L e Gomes H, p 663 666 [ISBN: 978-989-53070-6-7]
Abstract: Os povos do sul da província do Cunene, no sul de Angola, pertencem a diversas etnias e estão divididos em várias tribos com uma língua base comum, mas, muitas vezes, com dialetos próprios, pelo que, na sua generalidade, se fazem entender. Sendo povos que praticamente não praticam a agricultura, e que têm o seu circuito económico e interação social baseados, não na moeda do país, mas em trocas de bens, e em que o gado assume um estatuto de poder que marca praticamente todos os aspetos da sua vida, como nascimentos, casamentos ou falecimentos, a água é uma necessidade permanente principalmente para dois fins: o consumo humano e o consumo do gado. A água que utilizam é praticamente toda subterrânea, principalmente nos períodos de maior necessidade, pois apenas o rio Cunene, na fronteira com a Namíbia, é um rio permanente. Todos os outros são rios temporários e com bastantes sinais de terem regime torrencial quando chove, o que se percebe pela dimensão dos sedimentos que preenchem o leito, alguns com blocos ou seixos de grandes dimensões, sendo que os sedimentos mais finos são areias grosseiras nas zonas mais planas. Com base neste tipo de regime hídrico, e estando todo este território praticamente sobre rochas ígneas e metamórficas fraturadas, com muito pouco solo e uma espessura de alteração muito reduzida, que não permite a escavação de poços à mão com as ferramentas muito rudimentares que as populações possuem, as populações baseiam as suas captações, em toda a época seca, em poços escavados ou pequenas charcas, que são normalmente executados/as nas margens dos rios ou mesmo no leito seco dos mesmos, onde algum aluvião menos grosseiro permite a escavação. Isto implica que, aquando das cheias, durante os cerca de 3 meses de época pluviosa, uma grande parte dessas captações fique cheia de sedimentos, pelo que todos os anos voltam a escavar, ou no mesmo local (reabrir as captações), ou iniciam nova escavação noutro local próximo.
URI: http://hdl.handle.net/10174/33209
ISBN: 978-989-53070-6-7
ISSN: 1645-6947
Type: article
Appears in Collections:ICT - Artigos em Livros de Actas/Proceedings

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