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http://hdl.handle.net/10174/31786
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Title: | Professora, eu não quero ir p’ra escola! |
Authors: | Barreiras, Elsa Cristina da Silva |
Advisors: | Artur, Ana |
Keywords: | Voz dos alunos Participação Inclusão Medidas adicionais Trabalho colaborativo Pupils’voice Participation Inclusion Additional measures Collaborative work |
Issue Date: | 30-Mar-2022 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | Este estudo tem por objetivo compreender de que forma os alunos dos 2.º e 3.º ciclos com
adaptações curriculares significativas (ACS), envolvidos no estudo, participam nas atividades
escolares, assim como conhecer as suas perspetivas sobre as suas aprendizagens e o seu
sentimento de estar ou não incluído na sua turma de referência. A partir da voz desses alunos,
pretendemos identificar o que sentem, verdadeiramente, estas crianças e jovens quando estão
na escola, na sala de aula, em conjunto com a sua turma, ou à parte dela. Ao mesmo tempo,
pretende-se, igualmente, identificar o que poderá estar a condicionar ou a promover a sua
inclusão no seu grupo de pares. Três dos alunos envolvidos usufruem de um Relatório
Técnico-Pedagógico (RTP) e de um Programa Educativo Individual (PEI), com adaptações
curriculares significativas em todas ou na maior parte das disciplinas.
Como instrumentos de recolha de dados foram utilizadas as entrevistas semiestruturadas
realizadas aos alunos. Complementarmente procedeu-se à análise documental dos documentos
dos alunos (RTP e PEI) e foram aplicados questionários com questões abertas aos respetivos
docentes de Educação Especial (DEE) e Diretores de Turma (DT). Os dados recolhidos a
partir dos documentos dos alunos, das entrevistas e dos questionários foram alvo de análise de
conteúdo.
Este estudo aponta para uma realidade onde parece existir a prevalência do ensino
expositivo, escassez de ambientes ricos em aprendizagens e organizados de forma flexível
com vista à promoção da aprendizagem e da participação dos alunos com ACS, os quais
parecem sentir-se à parte, em desvantagem relativamente aos pares, evidenciando escassez
nas relações sociais e no envolvimento nas atividades realizadas na sala de aula e fora dela.
Ao mesmo tempo, este estudo parece ainda indicar ausência de dinâmicas coesas de trabalho
colaborativo entre docentes do ensino regular e DEE que possa promover o envolvimento e a
participação dos alunos com ACS. A intervenção do DEE na sala de aula parece materializarse
nas adaptações in loco das tarefas a realizar por aquele aluno naquela disciplina ou, até, na
realização de trabalho à parte, desviado daquele que é realizado pelos restantes alunos.
Aquele que é o cenário descrito parece espelhar, assim, uma realidade oposta à defendida nos
documentos dos alunos (RTP e PEI), cuja aplicação no que toca a estratégias e metodologias
de trabalho, nos parece ficar muito aquém do ali plasmado; TEACHER, I DON’T WANT TO GO TO SCHOOL!
ABSTRACT:
The aim of this study is to know [make known] how pupils of middle school and lower
secondary school, with significant curricular adaptations (SCA), participate in school
activities as well as to know their perspectives on their learning and their feeling of being or
not being included in their assigned class. Starting from their own point of view, we intend
to identify how they really feel when they are at school, in their classroom with their
classmates or in the playground. At the same time, it is also our intention to identify what may
be conditioning or promoting their inclusion in their peer group. Three of the pupils involved
benefit from a Technical Pedagogical Report (TPR) and from an Individual Educational
Programme (IED), with significant curricular adaptations in all or most subjects.
We used some data collection instruments such as the semi-structured interview with
students. In addition, we carried out a document analysis by examining the documents of the
pupils (TPR and IED) and we have conducted questionnaires with open questions targeted at
the special education teachers (SET) and the class directors of most pupils. The data collected
from the pupils’ documents, the interviews and the questionnaires were subjected to a content
analysis.
This study shows a reality where there seems to be a prevalence of expository teaching,
scarcity of environments rich in learning and flexibly organized in order to promote learning
and the participation of students with SCA, who, on the contrary, seem to feel apart and at a
disadvantage level when compared to others, showing a lack of social relationships and
involvement in the classroom and outside it. At the same time this study also seems to
indicate the absence of strong dynamics of collaborative work between regular education
teachers and SET, which can promote the involvement and participation of students with
SCA. The SET intervention in the classroom seems to be reduced to on-site adaptations of the
tasks to be carried out by that student in that subject or, even, in the performance of work
separate from that carried out by the other students.
The scenario described seems to reflect, therefore, a reality that lies against to that
defended in the students' documents (RTP and PEI), whose application in terms of work
strategies and methodologies, seems to us to fall far short of what is expressed there |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/31786 |
Type: | masterThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado
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