|
Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/10174/30824
|
Title: | Modernidade difusa. A receção hispânica de Eugénio de Castro |
Authors: | Mochila, Miguel Filipe Pateiro |
Advisors: | Sáez Delgado, Antonio Pereira, José Carlos Seabra |
Keywords: | Eugénio de Castro Estudos Ibéricos Estudos Transatlânticos Modernismo Modernidade Eugénio de Castro Iberian Studies Transatlantic Studies Modernism Modernity |
Issue Date: | 22-Nov-2021 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | Este trabalho tem como tema a receção hispânica de Eugénio de Castro (1869-1944) entre o final do século XIX e os primeiros quarenta anos do século XX. Propondo uma releitura do peso do autor na definição da modernidade ibérica, contrariando a tradicional leitura nacional e linear que lhe atribui um papel secundário na história portuguesa, adota-se a perspetiva transnacional preconizada pelos Estudos Ibéricos, a qual permite articular a diversidade de tendências que coexistem no período modernista, de que o poeta é ele próprio exemplar, dada a polimorfia da sua obra e ação.
Proceder-se-á assim a uma descrição e análise dos dados da receção espanhola de Castro, justificando-a e interpretando-a. Verificar-se-á a importância de atender à relação do espaço ibérico com as culturas ibero-americanas, cenário inaugural desta receção, e com França, referente central. Mais se observará a diversidade e longevidade intergeracional da atenção espanhola ao poeta, que toca autores habitualmente segregados no modernismo, na Geração de 98, nas Vanguardas históricas, ou no Veintisiete, sustentando a redefinição do modernismo como categoria periodológica heterogénea.
Far-se-á também a caracterização da identidade ibérica que a aproximação espanhola a Castro constrói, sublinhando a sua dimensão ideológica. Observar-se-á o seu perfil periférico, testemunhado pela presença do referente francês nos comentários espanhóis ao poeta. Mais se destacará que, se na América Castro é instrumentalizado no âmbito da descolonização cultural ibero-americana, em Espanha é objeto de uma iberização castelhanocêntrica, progressivamente institucionalizada e politizada, de teor pós-imperial, assumindo a identidade ibérica caráter supletivo.
Assim, a identidade ibérica que através da receção de Castro se inventa é periférica, castelhanocêntrica e pós-imperial, progressivamente institucional e politizada. Por último, observaremos que esse caráter periférico ajuda a justificar a ambiguidade estética plasmada nas leituras hispânicas do poeta, que motivam uma releitura da obra e ação do português, respondendo tanto a uma ideia de modernidade como a uma dimensão contramoderna; Abstract:
Diffuse Modernity: Eugénio de Castro's Hispanic Reception
This work addresses the Hispanic reception of Eugénio de Castro (1869-1944) between the end of the 19th century and the first forty years of the 20th century. I propose a reinterpretation of Castro’s relevance in the definition of Iberian modernity, contradicting the traditional national and linear vision that assigns him a secondary role in Portuguese history. Adopting the transnational perspective advocated by Iberian Studies, this perspective articulates the diversity of trends that coexist in the modernist period, of which the poet is himself exemplary, given the diversity of his work and action.
Describing and analyzing Castro's Spanish reception, I will verify the importance of modern Iberian relations with Ibero-American cultures, the inaugural setting for Castro’s Hispanic reception, and with France, the central cultural referent. I will also observe the intergenerational diversity and longevity of Spanish attention to the poet, which affects authors usually segregated in modernismo, Generation of 98, historical Avant-gardes, or Veintisiete. These data support the redefinition of Modernism as a heterogeneous periodological category.
I intend to characterize the Iberian identity invented through Castro’s Spanish approach, underlining his ideological frame. I will notice its peripheral profile, witnessed by the presence of the French referent in the Spanish comments to the poet. I will also note that, while in America Castro is instrumentalized in the context of Ibero-American cultural decolonization, in Spain he is appropriated by a Castilian-centric, progressively institutionalized, and politicized iberization. Such appropriation has a post-imperial content, in which the constructed Iberian identity has a supplementary character.
Thus, the Iberian identity invented through Castro's reception is peripheral, Castilian-centric, and post-imperial, progressively institutionalized and politicized. Finally, I will note that this peripheral character justifies the ambiguity of Castro’s Hispanic readings, which motivate a re-reading of his work and action, responding both to an idea of modernity and to a counter-modern dimension. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/30824 |
Type: | doctoralThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento
|
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.
|