Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/28220

Title: Uso de marcadores moleculares aplicados à rastreabilidade dos Azeites.
Authors: Marques, Ana Catarina
Dias, Andreia
Cardoso, Hélia
Velada, Isabel
Carvalho, Teresa
Nobre, Tânia
Cabrita, Maria João
Keywords: marcadores moleculares
rastreabilidade
Issue Date: 25-Nov-2019
Abstract: A oliveira (Olea europaea L.) é uma das mais antigas culturas arbóreas da bacia do Mediterrânico (Raieta et al. 2015), com uma importância económica, social e cultural inegável na região. A qualidade e características do azeite depende significativamente da escolha da variedade que lhe dá origem. Algumas cultivares de azeite são reconhecidas como de alta qualidade, e derivam de áreas geográficas bem definidas; como consequência dão origem a produtos que impõem preços mais elevados no mercado (Vietina et al. 2011; Raieta et al. 2015). Dado o seu impacto económico, estes produtos podem tornar-se alvo de fraudes e adulterações (Aparicio et al. 2013). Neste contexto, várias Instituições Internacionais têm ativamente elaborado regulamentação de antifraude, exigindo um controlo mais rigoroso nos países produtores e importadores, impondo normas uniformes de rotulagem e técnicas instrumentais precisas na rastreabilidade do azeite (Aparicio et al. 2013). A União Europeia emitiu regras específicas sobre a produção de azeite e seu mercado: Regulamento CE nº 865/2004, a marca de Denominação de Origem Protegida (DOP) e a marca de Indicação Geográfica Protegida (IGP). Em Portugal estão registadas seis regiões DOP relativas a azeites virgens, produzidos a partir de onze variedades Portuguesas e incluindo produtos mistos e monovarietais. Urge o desenvolvimento de métodos que permitam identificar com precisão as variedades de oliveira para proteger a tipicidades destes produtos. As metodologias analíticas que têm sido usadas para análise da composição do azeite [Cromatografia Gasosa (GC), Cromatografia em Coluna de Sílica Gel, Cromatografia Líquida de Alta performance (HPLC) e técnicas espectroscópicas, como ressonância magnética nuclear (RMN) e a espectroscopia no infravermelho (Martins-lopes et al. 2008; Montealegre et al.2010) apresentam algumas limitações devido à alta variabilidade dos compostos presentes no azeite. Adicionalmente, estes métodos são sensíveis às condições ambientais e ao processamento associado à técnica, dificultando a interpretação dos resultados obtidos (Martins-lopes et al. 2008; Raieta et al. 2015). Como alternativa, o uso de marcadores moleculares tem despertado interesse pela sua menor sensibilidade às condições ambientais (Martins-Lopes et al. 2008; Montealegre et al. 2010), tendo o potencial de se tornarem uma ferramenta sólida de diagnóstico para autenticidade dos alimentos e de rastreabilidade. No âmbito do Projeto Por3O a decorrer na Universidade de Évora, pretende-se desenvolver uma ferramenta molecular para identificação das variedades usadas na produção de um determinado azeite. Idealmente, essa ferramenta a demonstrar-se robusta, poderá ser proposta para a deteção de fraudes e no apoio à certificação do azeite. A estratégia seguida teve por base o uso de marcadores Single Sequence Repeats (SSRs) para avaliar a variação genética em cinco variedades Portuguesas representativas dos olivias tradicionais da região do Alentejo ('Galega vulgar', 'Carrasquenha' 'Cordovil de Serpa', 'Cobrançosa' e 'Verdeal Alentejana'). Adicionalmente, foram avaliadas duas variedades não Portuguesas ('Arbequina' e 'Picual'), as quais podem representar risco de contaminação considerando a área de olival que atualmente ocupam nesta região. Tendo em conta a informação existente relativa à utilização de SSRs na genotipagem de variedades de oliveira, recorreu-se à técnica de High-Resolution Melting technique (HRM). Esta técnica, mais económica, rápida e de fácil execução, foi utilizada numa primeira fase para selecionar os SSRs mais polimórficos (com uma maior capacidade discriminatória) de entre um conjunto de 31 SSRs descritos na literatura. Selecionou-se um conjunto de 6 SSRs para identificar as variedades consideradas no estudo, e após uma primeira análise dos mesmos, selecionou-se apenas 3 SSRs (que foram caracterizados por sequenciação Sanger precedida de clonagem) para a análise de fragmentos por electroforese capilar. Como parte da verificação da autenticidade do azeite, foi demonstrada a aplicabilidade dos 3 SSRs selecionados em azeites. A extracção de DNA permanece um passo crítico dada a necessidade de uma quantidade mínima de DNA com integridade suficiente e sem inibidores da actividade enzimática, de modo a permitir a amplificação dos diferentes SSR. A degradação do DNA por nucleases, bem como a presença de compostos fenólicos, podem inibir a atividade da DNA polimerase e consequente não amplificação das regiões pretendidas (Raieta et al. 2015). Contudo, um protocolo de extracção de DNA do azeite, baseado no clássico protocolo CTAB, revelou-se robusto e eficiente na amplificação dos 3 SSRs previamente selecionados.
URI: http://hdl.handle.net/10174/28220
Type: lecture
Appears in Collections:FIT - Comunicações - Em Congressos Científicos Internacionais

Files in This Item:

File Description SizeFormat
Marques et al. 2019_III Congresso Luso-Extremadurense-221119.pdf1.32 MBAdobe PDFView/Open
FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpaceOrkut
Formato BibTex mendeley Endnote Logotipo do DeGóis 

Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.

 

Dspace Dspace
DSpace Software, version 1.6.2 Copyright © 2002-2008 MIT and Hewlett-Packard - Feedback
UEvora B-On Curriculum DeGois