Onda de ritmo: aprendizagem não-formal no contexto de educação em música popular

Abstract

Non-formal music learning has burgeoned over the last ten years particularly in UK secondary schools and in the Netherlands, where professional performers and community musicians have brought musical leadership skills into the formal education environment. The rationale for this PhD thesis came from the lack of research into non-formal learning of musical rhythm in a formal education context. As its main aim, this study situated in the context of popular music courses at a Scottish college, investigated the benefits of non-formal learning of rhythm for enhancing formal instrumental learning. Data collection involved an ethnographic study of student, staff and alumni engagement with rhythm learning in an extra-curricular percussion ensemble, utilising an interpretive case study based on participant observation, and interviews that elicited key aspects of the participants’ non-formal learning. The ensemble researched has been in existence for twenty-five years and runs in parallel to the formal instrumental curricula. It has adopted and adapted a Brazilian model of peer teaching and learning that has sustained as a community of participation. Findings suggest that participation in the non-formal ensemble has clearly enhanced students’ learning, regarding the formal context of their instrumental learning that is both assessed and certificated, whilst by contrast the non-formal ensemble’s activities are not. Instead, it features shared musical and extra-musical learning goals that involve performances, workshops in the community and active participation in non-formal learning practices. Further to this, findings show that active participation has engendered highly effective peer teaching and learning, as central to sustaining the ensemble’s effectiveness for rhythm learners; Resumo: O aprendizado musical não-formal tem crescido nos últimos dez anos, particularmente nas escolas secundárias do Reino Unido e na Holanda, onde músicos profissionais e músicos comunitários trouxeram habilidades de liderança musical para o ambiente educacional formal. A justificativa para esta tese de doutoramento veio da falta de pesquisa sobre a aprendizagem não formal do ritmo musical em um contexto de educação formal. Como objetivo principal, este estudo, situado no contexto dos cursos de música popular de um colégio escocês, investigou os benefícios da aprendizagem não formal de ritmo para melhorar a aprendizagem instrumental formal. A coleta de dados envolveu um estudo etnográfico do envolvimento de alunos, docentes e ex-alunos com a aprendizagem de ritmo em um grupo de percussão extracurricular, utilizando um estudo de caso interpretativo baseado na observação do participante e em entrevistas que eliciaram aspetos-chave da aprendizagem não formal dos participantes. O grupo pesquisado existe há vinte e cinco anos e funciona paralelamente aos currículos instrumentais formais, e adotou e adaptou um modelo brasileiro de ensino e aprendizagem entre pares que se sustentou como uma comunidade de participação. Os resultados sugerem que a participação no conjunto não formal melhorou claramente a aprendizagem dos alunos, considerando o contexto formal da sua aprendizagem instrumental que é avaliada e certificada, enquanto que, em contraste, as atividades do conjunto não formal não são. Em vez disso, o conjunto não formal apresenta objetivos de aprendizagem musical e extra-musical partilhados que envolvem espetáculos, palestras na comunidade e participação ativa em práticas de aprendizagem não formal. Além disso, as descobertas mostram que a participação ativa gerou ensino e aprendizado de pares altamente eficazes, o que foi central para sustentar sua eficácia para os aprendentes rítmicos.