Contributos para a análise da qualidade organizacional de um departamento clínico de uma instituição desportiva

Abstract

Este estudo tem como objetivo analisar e descrever a qualidade organizacional de um departamento clínico de uma instituição desportiva, na perspetiva dos seus profissionais de saúde. Nele se contempla a perceção que estes profissionais (1 médico, 2 enfermeiros e 4 fisioterapeutas) têm do funcionamento e da qualidade organizacional do seu serviço, quais as “áreas organizacionais” com melhor e pior qualidade, bem como as suas opiniões e sugestões com vista a otimizar essa qualidade e, consequentemente, a melhorar a prestação de cuidados de saúde. Para conduzir o estudo, optou-se por uma metodologia qualitativa do tipo “estudo de caso ”, sendo um trabalho descritivo de carácter exploratório. Foram efetuadas entrevistas semiestruturadas aos 7 informantes-chave, após o que se procedeu ao seu tratamento, segundo uma análise de conteúdo categorial. Feita a categorização dos testemunhos, foram identificadas as áreas de pior e melhor qualidade organizacional. Apesar de os entrevistados pertencerem a grupos profissionais diferentes, a sua perceção revelou haver uma convergência de ideias no que se refere à qualidade organizacional do departamento em que se inserem. No presente estudo, foi possível caracterizar o perfil da qualidade organizacional do departamento clínico da instituição desportiva, na ótica dos seus profissionais de saúde. Considerações Finais: a perceção dos profissionais de saúde pode e deve ser usada como um indicador adicional da qualidade organizacional dos serviços de saúde. Para melhorar essa qualidade, os profissionais de saúde devem ser encorajados a participar na gestão do próprio serviço e ser envolvidos na elaboração do seu plano de atividades e na dentição dos seus objetivos organizacionais. /ABSTRACT - The aim of this essay is to analyse and describe the organizational quality of a clinical department in a sports institution, based on the perspective of the health professionals who work there. We discussed the perception these professionals (1 doctor, 2 nurses and 4 physiotherapists) have of the functioning and organizational quality of their work, what are the “organizational areas” with best and worst quality, as well as their opinions and suggestions that might help improve this service and, consequently, the health care services provided. To help conduct the study, we have opted for a case study approach, since this was a work of descriptive nature and with an exploratory side. Seven semi-structured interviews were done to key-informants and previously treated with a categorical analysis. After the testimonies° treatment was done, the areas of Worst and best organization quality were identified. In spite of belonging to different professional groups, the professionals enquired revealed a convergence of ideas in what concerns the organizational quality of the department they belong to. It was also possible, with the present study, to assess the organizational quality profile of the clinical department of this sports institution, based on the views of its health professionals. Final Considerations: The health professional's views can and should be used as an additional indicator of the organizational quality of the health services. To improve this quality, the health professionals must be encouraged to participate on the management of their own work, as well as be involved on the elaboration of their own activity plan and on the definition of their organizational goals.