Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/13402

Title: Liderança e clima de escola: um estudo de caso
Authors: Torres, Maria Manuela Algéos
Advisors: Barbosa, Luís Marques
Keywords: Educação
Ambiente escolar
Issue Date: 1999
Publisher: Universidade de Évora
Abstract: Introdução - No quadro da administração escolar portuguesa as decisões são tomadas pelas cúpulas educacionais – de acordo com o Governo – que as transmitem às escolas que obedecem. Há regulamentos que regem toda a vida escolar e a hierarquia é para ser respeitada. Não há excepções para ninguém. O modelo é igual para todos os estabelecimentos de ensino independentemente da sua inserção social, económica ou geográfica. Assim, de acordo com Costa (1996), crê-se que, para as escolas, entre os aspectos mais significativos do aspecto burocrático, podem considerar-se as decisões dos órgãos de cúpula que retiram, aos estabelecimentos de ensino, toda a possibilidade de autonomia pela regulamentação excessiva que impõem em todos os aspectos da vida escolar; obedece-se à lei e à hierarquia que decidem pedagogicamente do mesmo modo, sem considerar a diversidade dos meios em que os estabelecimentos se integram. É essa também a opinião de Formosinho, Fernandes e Lima (1988 cit. por Rocha, 1996), que se citam: "A administração escolar em Portugal, anterior ao processo da actual reforma educativa, caracterizou-se por ser fortemente centralizadora, burocrática, desligada da comunidade educativa, sem qualquer inserção no meio e ainda, por os órgãos directivos se limitarem a veicular as ordens da administração central" (p. 15). Embora os autores anteriormente referidos pareçam considerar a burocracia impeditiva da tomada de decisões tendo em conta a diversidade das escolas, outros há que, como Livingstone (1974 cit. por Bush, 1995) a justifica como se infere da citação: "bureaucracy describes only the simple truth that as organizations grow and become more complex, more formal systems of regulation replace the informal understanding that is often sufficient for effective coordination in the smaller, simple units" (p. 35). Também Weber (1989 cit. por Bush, 1995) acredita que, nos sistemas organizacionais, a burocracia é a forma mais eficiente de gestão como se deduz da citação: The purely bureaucratic type of administrative organization... is, from a technical point of view, capable of attaining the highest degree of efficiency and is in this sense formally the most rational means of carrying out imperative control over human beings. It is superior to any other form in precision, in stability, in the stringency of its discipline and in its reliability (p. 35). De acordo com o que precede, a burocracia foi criada para regular a vida das pessoas em conjunto, em situação de trabalho e as escolas são "habitadas" por alunos, professores e outros actores por períodos de tempo mais ou menos longos com uma finalidade: a prática educativa, realizada em conjunto. A este propósito, cita-se Huchmaker (in Nóvoa,1992):0 estabelecimento de ensino pode ser considerado como um colectivo de trabalho e como um sistema de relações...«empresa» (de um tipo particular), isto é, uma entidade social de produção orientada para finalidades específicas. A realização destas finalidades implica o concurso de pessoas entre as quais existe uma certa coordenação e divisão de trabalho. A entidade colectiva subsiste no tempo, independentemente das pessoas que a formam, animam e a habitam num determinado momento. Um estabelecimento de ensino... é um lugar onde trabalham quotidianamente centenas ou milhares de pessoas (alunos e professores), constituindo um dos maiores colectivos de trabalho das sociedades actuais (p. 57). Mas a burocratização impõe normas que impedem a inovação e a mudança. O sistema vertical em que a autoridade se exerce, de cima para baixo, regula todos os aspectos da vida escolar; a escola isola-se, desliga-se da comunidade em que deveria estar inserida; a participação dos pais/encarregados de educação reduz-se a alguns poucos contactos para uma breve informação acerca do aproveitamento e do comportamento do seu educando. Este ponto parece estar ilustrado por Leithwood e Jantzi (1990 cit. por Climaco,1995), ao afirmarem: Os professores... gostam dos directores enquanto agem como defensores das pressões exteriores e mantêm a disciplina na escola, mas que não interfiram no dia a dia da sua prática docente.
URI: http://hdl.handle.net/10174/13402
Type: masterThesis
Appears in Collections:BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado

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