Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/13393

Title: Estudo da contaminação por crómio na envolvente a uma unidade industrial de cortumes
Authors: Frazão, António Alberto S. L.
Keywords: Indústria de cortumes
Contaminação por crómio
Issue Date: 1997
Publisher: Universidade de Évora
Abstract: Introdução - O couro é uma das mais antigas mercadorias transacionadas no mundo e a arte de obter o couro a partir de peles e couros crus antecede, por vários séculos, qualquer conhecimento de química. Foram encontrados pedaços de antigo couro egípcio, a que se atribui, pelo menos, a idade de 6 000 anos mantendo-se a côr e resistência destes couros consideravelmente preservadas. Os métodos primitivos para a preservação das peles consistiam, provavelmente, na simples secagem ao ar e ao sol. Posteriormente notaram-se os efeitos conservativos de diferentes óleos. Mais tarde foram ainda observados os efeitos conservantes dos taninos presentes nas folhas, ramos e cascas de certas árvores, libertados após maceração em água. O curtidor de couros gasta 50% dos custos globais na compra de peles e 40% na compra de materiais de curtimento e na mão-de-obra. Por isso, a indústria do couro está constantemente pesquisando novas substâncias químicas para obter couros curtidos de melhor qualidade e a preço mais baixo. O maior avanço implementado na indústria de couros foi, provavelmente, a aplicação prática do processo de curtimento com crómio, introduzido em 1893. Com este processo, a operação de curtimenta foi muito acelerada, e conseguiu-se duplicar a resistência dos couros. O processo de curtimento vegetal demora entre dois e quatro meses, enquanto que o processo de curtimenta ao crómio reduziu este tempo para períodos entre uma e três semanas. Assim, em virtude dos resultados deste processo, mais de 90% da produção de couro para sapatos é, nos dias de hoje, obtido pelo processo de curtimenta ao crómio. A utilização principal da curtimento vegetal, no presente, encontra-se no tratamento de couros pesados, como o couro para solas e correias; por isso, este antigo processo de fabrico ainda hoje é amplamente empregue. Além do mais, a maior parte dos calçados que hoje se fabricam usa couro que sofreu algum tipo de curtimenta vegetal. Em Portugal continental, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, no ano de 1989, existiam 103 estabelecimentos de curtimenta de peles localizados principalmente nos distritos de Santarém (com 68 estabelecimentos industriais), do Porto (com 14 estabelecimentos industriais) e de Braga (com 4 unidades fabris). No Alentejo estão referenciados, de acordo com a mesma fonte, três estabelecimentos industriais com actividade de curtimenta de peles no distrito de Évora, dois em Beja e um no distrito de Portalegre. Num levantamento de campo efectuado pela Direcção Regional do Ambiente e Recursos Naturais do Alentejo em 1992, foram referenciadas 16 empresas com actividade de curtimenta de peles, sendo uma no distrito de Portalegre, 5 no distrito de Beja e 10 no distrito de Évora. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística referentes ao ano acima referido, os 103 estabelecimentos obtiveram um valor bruto de produção estimado em 4,6 x10' contos, empregando o sector cerca de 4 000 pessoas. Tecnicamente o termo couro aplica-se à pele dos animais maiores, como touros, cavalos, vacas e bois enquanto que o termo pele é pertinente para cabras, carneiros, novilhos e animais menores. As peles mais utilizadas são de vaca, carneiro, porco, cavalo e cabra. No entanto também são curtidas as peles de animais como o canguru, o crocodilo, a cobra, o lagarto, a avestruz, o tubarão, etc. As peles frescas têm na sua composição 60 a 70% de água, 30 a 35% de proteína, 2% de lípidos e cerca de 0,75% de minerais (cinzas). Encontram-se também pequenas quantidades de carbohidratos, pigmentos e outras substâncias.
URI: http://hdl.handle.net/10174/13393
Type: masterThesis
Appears in Collections:BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado

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