Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/12392

Title: Avaliação económica de tecnologias agro-pecuárias na região alentejana
Authors: Rebocho, Manuel Godinho
Advisors: Serrão, Amílcar Joaquim da Conceição
Keywords: Indústria agro-pecuária
Região alentejana
Issue Date: 1995
Publisher: Universidade de Évora
Abstract: Introdução - O nome Alentejo deriva de uma expressão que designava as terras que ficavam além do Tejo para quem se encontrava na margem direita deste rio. A zona de Almada a Alcácer integra a província da Estremadura, o que limita o Alentejo na parte ocidental. O Alentejo é a maior das províncias de Portugal Continental e tem uma área de 26 976,82 km2, o que corresponde a cerca de 30% da superfície total do País. Os seus limites administrativos são: a Norte o rio Tejo, que o separa da Beira Baixa, e o contacto com as províncias do Ribatejo e da Estremadura; a Sul a serra do Algarve; a Oeste o Oceano Atlântico; e, a Este o rio Guadiana (nalguns sectores o Sever, o Ardila e o Chança) e a linha de fronteira com a Espanha. O relevo caracteriza-se pela existência de terrenos suavemente ondulados que descem gradualmente de 300 m em Nisa para 200 m em Beja. Estas planícies são cortadas a Sul pela serra algarvia. Do conjunto destas planuras emergem, dispersas e afastadas, massas montanhosas de fraca altitude (300 a 600 m), com excepção das serras de S. Mamede (1025 m) e Marvão (865 m), que a Nordeste de Portalegre formam uma linha expressiva de elevações. 0 clima é do tipo quente e seco, com chuvas no Inverno (valores máximos em Dezembro e Março). A neve é rara na região alentejana. A superfície agrícola utilizável (SAU) é de 1 842 097 hectares, a floresta ocupa uma área de 124 565 hectares a e o aproveitamento silvo-pastoril não vai além de 264 012 hectares. A agricultura e a pecuária caracterizam-se pela indiferenciação da paisagem e pelo predomínio quase absoluto do sequeiro. Os cereais têm um peso significativo na economia alentejana, embora o girassol, o olival, a vinha e os montados de sobro e de azinho também façam parte da actividade agrícola dos agricultores alentejanos. A floresta e os matos, após a Campanha do Trigo em 1930-1934, foram fortemente reduzidos. Os cereais ocupam uma área aproximada a 400 mil hectares e o girassol ocupa uma área aproximada a 100 mil hectares. A actividade pecuária é constituída por ovinos e bovinos. O último recenseamento agrícola revela que o número de ovinos reprodutores era de 1 132 959 cabeças na região alentejana (Instituto, 1989). As raças regionais têm sido intensamente cruzadas com outras raças (Ill de France, Charolês e Merino Precoce) para melhorar a produção de carne. O mesmo recenseamento indica que o número de bovinos reprodutores é de 99 780 cabeças distribuídas pelas raças autóctones Alentejana. e Mertolenga e cruzamentos com Charolês, Saler e Limosin, o que aumenta o peso dos novilhos. A região alentejana sempre proporcionou baixos rendimentos aos agricultores, o que tem merecido a preocupação dos organismos governamentais. A primeira grande tentativa neste século para alterar a situação foi a Campanha do Trigo dinamizada pelo Coronel Linhares de Lima, Ministro da Agricultura, nos finais dos anos vinte, que mobilizou recursos financeiros no sentido de fomentar a produção de trigo no Alentejo. A produção agrícola alentejana registou um forte impulso, mas a intensificação do sistema monocultura) provocou uma forte erosão dos solos e originou o desgaste ou a ruína dos recursos fundiários que constituíam verdadeiro património colectivo. A avaliação da "Campanha do Trigo" passados 60 anos permite concluir que se tratou de uma estratégia inadequada para o desenvolvimento da agricultura alentejana. Os estudos elaborados no Centro Experimental de Erosão sob a orientação do Engenheiro Agrónomo E. B. d'Araújo afirmam que ... "há que tomar consciência das consequências encobertas e realmente muito graves que envolvem os coeficientes de erosão apurados quando encarados ao nível regional. Eles traduzem-se em milhares de toneladas de carrejos que na bacia do Guadiana se movimentam anualmente, num processo continuado de degradação dos já tão depauperados solos, na teimosa insistência de uma cultura mal adaptada e de proventos duvidosos". Após os primeiros cinco anos da Campanha do Trigo, a estagnação da produção agrícola e a quebra do rendimento dos agricultores alentejanos foram uma realidade, apesar da implementação de uma política de preços de garantia e subsídios.
URI: http://hdl.handle.net/10174/12392
Type: masterThesis
Appears in Collections:BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado

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