Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/12341

Title: O Alentejo agrícola e a política sócio-estrutural
Authors: Silva, Ricardo Mira
Advisors: Covas, António
Keywords: Economia agrícola
Alentejo
Issue Date: 1995
Publisher: Universidade de Évora
Abstract: Introdução - A integração plena de Portugal no seio da Comunidade Económica Europeia em 1986 reflectiu-se inevitáveltriente em toda a sociedade portuguesa e com particular incidência no plano económico. Em 1985 a agricultura portuguesa apesar de ocupar quase 25% da população activa, apresentava níveis de produção global que não cobriam mais de 50% das necessidades do país em produtos agro-alimentares. Estruturas anacrónicas, investimentos insignificantes e inovações tecnológicas adiadas tinham como corolário lógico baixas produções e produtividades. Neste contexto a estagnação do sector foi inevitável. O crescimento do PABa, ao longo dos últimos vinte anos que precederam a integração não foi além dos zero por cento ao ano. A importância do sector para o país era de tal modo significativa que o atraso da agricultura se tornou um sério obstáculo ao próprio desenvolvimento económico geral. Para Avillez, «O esforço de industrialização então realizado com a consequente afectação maciça dos recursos e a necessidade de se assegurarem baixos salários veio, em conjugação com o imobilismo histórico da estrutura agrária portuguesa, criar as condições propícias a uma quase total estagnação do sector agrícola, estagnação esta que não mais deixará de se fazer sentir na posterior evolução da economia portuguesa.» O desenvolvimento económico do país só poderia realizar-se a um ritmo satisfatório se o sector agrícola conhecesse também ele um processo de modernização, progresso e desenvolvimento. O desenvolvimento do sector teria de passar numa primeira fase pela remoção dos seus principais estrangulamentos: - baixos níveis de investimento, incapazes de garantir a modernização, inovação tecnológica e ganhos de produtividade suficiente para sustentar a competitividade do sector; - carência generalizada de infraestruturas e deficiente estrutura fundiária; - insuficiente organização dos agricultores, particularmente de natureza comercial; - envelhecimento, falta de qualificação e excessiva dimensão da população agrícola; - inadequado uso dos solos. «No início da Adesão, os diagnósticos sectoriais continuavam a apontar as mesmas debilidades, insuficiências e distorções que se verificavam nas décadas anteriores. A agricultura configurava um sector vulnerável e carente de ajustamento estrutural e de racionalização económica, aspectos que se revelavam inadiáveis.» A integração de Portugal na Comunidade veio permitir que a partir de 1986 se realizassem vultuosos investimentos no sector, procurando a sua modernização e a correcção dos seus maiores estrangulamentos estruturais, numa primeira fase numa lógica de intensificação (1986-1991) e numa segunda fase numa lógica mais agro-ambiental (a partir de 1991). O objectivo deste trabalho de investigação,,isa precisamente avaliar e tanto quanto os dados disponíveis o permitem, quantificar o grau e a forma de utilização, assim como a distribuição sectorial dos investimentos realizados na agricultura alentejana durante o período de 1986-1993, no âmbito da Política Sócio-Estrutural. Para a realização deste objectivo fizemos incidir o nosso estudo sobre os principais instrumentos da Política Sócio-Estrutural da PAC e as principais medidas específicas aplicáveis a Portugal: - Apoio ao investimento nas explorações agrícolas; - Medidas específicas a favor da agricultura de montanha e de certas zonas desfavorecidas; - Medidas de apoio à comercialização e transformação; - Programas de apoio à constituição e funcionamento de agrupamentos de produtores; - Programa específico de apoio à agricultura portuguesa (PEDAP); - Programa de apoio à reestruturação da vinha. O trabalho inicia-se com uma caracterização da realidade agrícola da região no período que antecede a adesão de Portugal à Comunidade em 1986 e a localização dos principais acontecimentos que ao longo das últimas décadas contribuíram de uma forma ou de outra para essa realidade. Na continuação do trabalho apresenta-se de forma breve, os principais momentos da Política Sócio-Estrutural da Comunidade desde o Tratado de Roma até à Reforma da PAC. O enquadramento do tema é feito através de uma breve abordagem ao contéudo do Acto de Adesão em matéria de estruturas agrícolas e às principais medidas específicas aplicáveis a Portugal. No seguimento do estudo, abordamos o tema central do nosso trabalho, isto é, analisamos de forma aprofundada a aplicação da política de estruturas ao Alentejo.
URI: http://hdl.handle.net/10174/12341
Type: masterThesis
Appears in Collections:BIB - Formação Avançada - Teses de Mestrado

Files in This Item:

File Description SizeFormat
Ricardo Mira Silva - tese de mestrado - 86 991.pdf14.36 MBAdobe PDFView/Open
FacebookTwitterDeliciousLinkedInDiggGoogle BookmarksMySpaceOrkut
Formato BibTex mendeley Endnote Logotipo do DeGóis 

Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.

 

Dspace Dspace
DSpace Software, version 1.6.2 Copyright © 2002-2008 MIT and Hewlett-Packard - Feedback
UEvora B-On Curriculum DeGois