Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/10990

Title: A Competitividade da Produção de Borrego no Alentejo
Authors: Lucas, Maria Raquel David Pereira Ventura
Keywords: Borrego
Tecnologias de produção
Produção ovina
Pecuária
Ovinocultura
Pecuária
Issue Date: 1995
Publisher: Universidade de Évora
Abstract: "Sem resumo feito pelo autor"; - Antes da integração de Portugal na CEE e durante as fases de ajustamento da PAC, a produção de carne de borrego foi considerada como uma de entre as potenciais actividades produtivas em que Portugal poderia ser competitivo e que, consequentemente, atenuaria descidas dos rendimentos dos agricultores portugueses e, particularmente, dos alentejanos. Com o objectivo de avaliara competitividade da produção de borrego no Alentejo, dada a sua importância nesta região, foram identificados e caracterizados cinco produtores representativos. A caracterização foi feita em função das suas disponibilidades de terra, água, mão-de-obra e tracção reflectindo o seu diferente grau de uso e combinação de recursos. As diferentes tecnologias de produção de borrego e as principais rotações culturais, bem como a produção de carne de bovino, dada a sua competição com os sistemas de produção ovinos, foram identificadas e caracterizadas em termos de recursos utilizados e produções obtidas. Modelos de programação matemática foram desenvolvidos para os cinco produtores tipo de borrego no Alentejo. Relativamente às outras metodologias de análise da competitividade, nomeadamente ao método dos orçamentos ou às técnicas estatísticas e econométricas, foi escolhida a programação matemática principalmente porque contempla os factores naturais, técnicos e institucionais e económicos, considerados determinantes da competitividade. A validação dos modelos de programação matemática dos cinco produtores tipo, feita para o ano de 1991/92, revela que de um modo geral, são representativos da situação real existente em cada uma das explorações estudadas. Primeiro efectuou-se uma análise comparativa entre os resultados globais e os valores observados nas cinco explorações. Depois, a análise incidiu sobre os resultados individuais dos modelos, nomeadamente quanto a níveis óptimos de utilização de recursos, níveis óptimos de intensidade das actividades vegetais e animais e valores duais relativos à utilização dos recursos. Alterações no padrão de produção das explorações, quer das actividades vegetais, quer das tecnologias de produção de borrego e de bovinos, não se verificaram, quando da introdução de actividades alternativas nos modelos. São a disponibilidade de recursos, o ordenamento cultural e a estrutura dos custos de cada exploração, a rendibilidade de cada tecnologia ovina e a complementaridade desta com a produção bovina, os factores da sua escolha em cada uma das explorações. A validação foi posteriormente complementada incorporando no modelo a variabilidade da produção de pastagens e forragens do Alentejo. A modelação desta variabilidade foi feita através do desenvolvimento e implementação de um modelo de programação com coeficientes input-output estocásticos, os quais representam as produções das culturas para venda e de pastagem e forragem para cada um dos produtores de borrego tipo do Alentejo. A variabilidade da produção de cada cultura destinada à venda, afecta o nível da receita e consequentemente o rendimento global de cada exploração. A variabilidade da produção de pastagens e forragens e dos subprodutos de actividades, vegetais, reflecte-se em variabilidade dos custos de produção dos alimentos para os ovinos e de necessidades adicionais de capital circulante para aquisição de alimentos concentrados. Os efeitos do risco no rendimento foram captados através da incorporação nos modelos de uma estrutura MOTAD. A análise dos planos óptimos com introdução de variabilidade da produção, revela que todos os produtores tipo tem que adquirir ao exterior alimentos concentrados para os animais em anos desfavoráveis à produção de alimentos. Tal representa, para cada produtor tipo, numa diminuição do rendimento das tecnologias de produção de borrego e consequentemente no rendimento das explorações estudadas e resulta num decréscimo nos seus níveis óptimos.No entanto, na conjuntura técnico-económica de cada exploração, todas as tecnologias são exclusiva ou predominantemente competitivas no longo prazo e asseguram uma maior estabilidade do rendimento do que as actividades vegetais, nomeadamente a produção de cereais e oleaginosas, as quais se encontram associadas a níveis elevados de risco. A avaliação dos efeitos da PAC e das orientações da componente agrícola do acordo do GATT na evolução da competitividade da produção de borrego do Alentejo é feita para três cenários alternativos. Estes cenários baseiam-se na diferença de preços entre Portugal e a Comunidade, na completa harmonização dos preços ao abrigo da Reforma da PAC e da componente agrícola do GATT, e nas evoluções previsíveis dos preços comunitários e da taxa cambial entre o Escudo e o Ecu e consequente fixação da Taxa Verde. A avaliação global dos efeitos das medidas de políticas agrícolas aplicadas nas explorações dos produtores de borrego indicam que numa situação de liberalização de mercado com total eliminação dos subsídios, verifica-se uma quebra acentuada dos rendimentos das explorações e todos os sistemas de produção de borrego perdem competitividade, mas são os únicos que são incluídos nos sistemas de exploração. No entanto, quando se simulam situações em que as novas ajudas aos cereais introduzidas com a reforma da PAC, com implicações directas ou indirectas, na produção pecuária e consideradas na totalidade para o ano 1995/96 e sem ajudas específicas para Portugal no ano 2003/4, estas vão permitir compensar a redução dos preços comunitários, principalmente no ano de 1995/96. Desta forma e apesar da forte penalização pela flutuação da taxa verde considerada, todas as tecnologias de produção de borrego mantêm a sua competitividade em termos absolutos ou relativos. Com a adopção de ajustamentos tecnológicos nos sistemas de produção de borrego, nomeadamente a introdução de tecnologias alternativas, a competitividade dos sistemas de produção de borrego pode ser mantida e até ligeiramente melhorada. Ganhos de competitividade são fundamentalmente conseguidos com as novas tecnologias de produção de borrego e de pastagens e os melhoramentos tecnológicos introduzidos na produção de alimentos utilizados nas restantes tecnologias.
URI: http://hdl.handle.net/10174/10990
Type: doctoralThesis
Appears in Collections:BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento

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