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http://hdl.handle.net/10174/9696
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Title: | As aplicações industriais e técnicas da química no final do século XVIII e no século XIX |
Authors: | Matos, Ana Cardoso de |
Editors: | Lourenço, Marta C. |
Keywords: | Laboratório Química Indústria História da Tecnologia História da Ciência Química aplicada à industria |
Issue Date: | 2013 |
Publisher: | Universidade de Lisboa/muhnac |
Citation: | Ana Cardoso de Matos, “As aplicações industriais e técnicas da química no final do século XVIII e no século XIX” In LOURENÇO, Marta C. (coord), O Laboratorio Chimico da Escola Politécnica de Lisboa: História, Colecções, Conservação e Musealização, Lisboa, Universidade de Lisboa/muhnac, 2013, pp. 35-45 [ISBN:978-989-98300-0-4] |
Abstract: | As aplicações industriais e técnicas da química no final do século XVIII e no século XIX----------------------------------------------------------------------------------------Resumo--------------------------------------------------------------------------------------------Contrariamente à ideia, muitas vezes difundida pela historiografia portuguesa, de que no século XVIII e em grande parte do século XIX teria existido uma grande separação entre o ‘mundo científico’ e a actividade económica, nomeadamente a industrial, tal facto não se verificou em Portugal. Desde o último quartel do século XVIII que os professores de química das principais instituições de ensino do país tiveram uma intervenção directa nos estabelecimentos industriais favoreceu a aproximação entre a ciência aplicada e a aplicação tecnológica dos princípios científicos, os quais não decorriam necessária e directamente um do outro. No final do século XVIII e início do século XIX foram os professores da Universidade de Coimbra que estabeleceram essa ligação, nomeadamente Domingos Vandelli, que esteve ligado à fábrica de louça no Rossio de Santa Clara de Coimbra, e Thomé Rodrigues Sobral, que teve uma intervenção directa na Fábrica de Louça do Rato. Com o avançar do séc. XIX a química ganhou uma importância crescente e o número de químicos que têm uma ligação à indústria e à agricultura amplia-se significativamente. Refiram-se entre outros, os nomes de Oliveira Pimentel, Betâmio de Almeida e José Júlio Rodrigues.
Se muitas vezes a indústria não seguiu os progressos científicos e técnicos, que se iam registando no país ou se tinham verificado noutros países e transferido para Portugal, esse facto deveu-se frequentemente a razões de ordem económica. De facto, num país em que o consumo permanecia baixo, principalmente o consumo de certos produtos como os livros e jornais ou os tecidos mais luxuosos, e a mão-de-obra era barata e muito pouco qualificada, a opção mais racional do ponto de vista empresarial era manter os métodos tradicionais que eram nestas condições mais rentáveis.
Contudo, o progressivo desenvolvimento industrial verificado em Portugal, que se caracterizou, entre outros aspectos, por um aumento significativo dos montantes produzidos e pelo desenvolvimento de novas áreas industriais, a indústria passou assentar cada vez mais em princípios científicos e técnicos e a química passou a ter um papel cada vez mais importante -------------------------------------------------------------------------------------------------------
Industrial and technical applications of chemistry in the late eighteenth and nineteenth century ------------------------------------------------------------------------
Abstract----------------------------------------------------------------------------------------------
The idea, often propagated by Portuguese historiography, of a great divide in the eighteenth and most of nineteenth century between the ‘scientific’ and the ‘economic’ worlds, particularly the industry, is increasingly being questioned. Since the last quarter of the eighteenth century, chemistry professors from Portuguese most important teaching institutions intervened directly in industrial establishments. This has promoted an association between applied science and technological applications of scientific principles. In the late eighteenth and early nineteenth century, that connection was established by professors from the University of Coimbra. Domingos Vandelli, for example, was linked to the Rossio de Santa Clara china factory in Coimbra, and Thomé Rodrigues Sobral was directly involved in Rato’s ceramics factory, Lisbon (Fábrica de Louça do Rato). As the nineteenth century progressed, the importance of chemistry increased and so did the number of chemists directly associated with industry and agriculture. The names of Oliveira Pimentel, Betâmio de Almeida and José Júlio Rodrigues should be mentioned in this respect.
Often, the Portuguese industry did not accompany scientific and technical progress developed in Portugal or transferred from abroad. As I argue in the text, this was mostly due to economic reasons. In a country where consumption of products such as books, newspapers and finer textiles remained low, and the workforce was cheap and low qualified, from a mere entrepreneurial point of view the most rational and profitable option was often to maintain traditional methods and techniques.
Eventually, however, gradual industrial development in Portugal, characterized by a significant increase in the volume of products and the development of new industrial areas, has led to an increasingly scientific- and technological-oriented industry and chemistry came to play an increasingly important role. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/9696 |
Type: | bookPart |
Appears in Collections: | CIDEHUS - Publicações - Capítulos de Livros HIS - Publicações - Capítulos de Livros
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