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http://hdl.handle.net/10174/4137
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Title: | Aplicação em Olaria de Terra Rossa de Vila Viçosa e Borba |
Authors: | Cunha, Marta Martins, Ruben Lopes, Luís Gomes, Celso Arroz, Maria Santos, Dulce Rosado, Francisco |
Keywords: | Cerâmica Terra rossa Sub-produto da indústria extractiva |
Issue Date: | Dec-2011 |
Publisher: | Câmara Municipal de Vila Viçosa |
Citation: | Revista de Cultura |
Abstract: | A indústria extractiva de rochas ornamentais carbonatadas produz diferentes tipos de resíduos possuidores de características que permitem ser utilizados em diferentes aplicações a jusante daquela indústria, tornando imprecisa a denominação de “resíduo” graças ao possível enquadramento na designação “subproduto”.
A terra rossa resultante da destapação efectuada aquando da abertura de pedreiras em maciços carbonatados é efectivamente considerada não resíduo mas subproduto, porque possui características físicas, químicas e mineralógicas, que podem permitir a sua utilização como matéria-prima, particularmente na indústria cerâmica (Cunha, 2010).
A “terra rossa ” é um solo residual resultante da dissolução de calcários ou mármores, constituindo, por isso, um horizonte de solo típico de terrenos com relevo cársico, como acontece no anticlinal de Estremoz que abarca os Concelhos de Sousel, Estremoz, Borba, Vila Viçosa e Alandroal, numa zona com extensão estimada em 40 km e largura máxima estimada em 9 km.
Na zona das pedreiras a remoção do solo de terra rossa permite a exposição do mármore e a sua eventual exploração. Então, o solo de terra rossa é acumulado na vizinhança das cavidades formadas, muitas das vezes em situações instáveis e de potencial perigosidade. Na maioria das situações, o solo referido não é objecto de qualquer aproveitamento, nem mesmo para enchimento e recuperação ambiental das pedreiras, porque como a actividade extractiva se prolonga por várias décadas, o solo é contaminado por resíduos de outra natureza, também eles provenientes da extracção de mármores, como é o caso de fragmentos de mármore.
As vilas de Redondo e S. Pedro do Corval, localizadas na proximidade de importante centro extractivo de rochas ornamentais carbonatadas, são dois centros oleiros de grande projecção nacional e internacional que, obviamente necessitam de matéria-prima (argila ou outros materiais argilosos) para o desenvolvimento da sua actividade. Actualmente, os oleiros destas duas povoações adquirem pasta cerâmica, ou na região centro do país, ou importam-na de Espanha, devido ao desinteresse pela avaliação e viabilidade de exploração das reservas de argila existentes na região, as quais, durante centenas de anos, foram alimentando a actividade oleira.
O Departamento de Geociências da Universidade de Évora, juntamente com o Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro, com o Cencal, Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica das Caldas da Raínha e com a olaria Xico Tarefa, de Redondo, desenvolveu um estudo de investigação, no âmbito de uma Tese de Mestrado em Engenharia Geológica, cujo principal objectivo foi a caracterização do ponto de vista cerâmico, da terra rossa proveniente das destapações, para abertura e alargamento de pedreiras, nos Concelhos de Borba e Vila Viçosa. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/4137 |
Type: | article |
Appears in Collections: | GEO - Publicações - Artigos em Revistas Nacionais Sem Arbitragem Científica
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