|
Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/10174/39206
|
Title: | A sociabilidade no trabalho de campo: contribuições de indígenas e escravizados nas expedições científicas do Oitocentos |
Authors: | Antunes, Anderson |
Editors: | Domingues, Heloisa Almeida, Marta |
Keywords: | circulação de conhecimentos história natural expedições científicas século 19 indígenas coleções científicas coleções científicas encontros interculturais |
Issue Date: | 10-Jun-2025 |
Publisher: | Editora IBICT |
Citation: | Anderson Pereira Antunes. A sociabilidade no trabalho de campo: contribuições de indígenas e escravizados nas expedições científicas do Oitocentos In: Heloisa Maria Bertol Dominges, Marta de Almeida (orgs.). Ciências e tecnologias num Brasil (in)dependente. Brasília: Editora IBICT, 2025. |
Abstract: | Este capítulo analisa o papel da sociabilidade como elemento central nas expedições científicas realizadas no Brasil oitocentista, destacando a participação de indígenas e pessoas escravizadas. O autor demonstra que, embora os naturalistas estrangeiros como Agassiz, Bates e Wallace sejam frequentemente lembrados como protagonistas, suas expedições só foram possíveis graças à colaboração de amplas redes locais. Guias, barqueiros, caçadores, intérpretes e coletores desempenharam funções fundamentais, desde a navegação e a logística até a coleta, preparação e identificação de espécimes. O capítulo evidencia que o campo funcionava como “zona de contato”, onde o conhecimento empírico indígena e africano era incorporado ao trabalho científico, ainda que posteriormente invisibilizado em relatórios e artigos destinados às sociedades científicas. Exemplos como Isidoro e Alexandrina ilustram como colaboradores inicialmente empregados em tarefas domésticas tornaram-se assistentes científicos valorizados. Ao mesmo tempo, imagens e narrativas revelam o processo de apagamento desses agentes, relegados ao segundo plano nas representações visuais e textuais. O estudo mostra, assim, como a ciência oitocentista foi uma prática social e colaborativa, dependente de saberes locais, mas marcada por profundas assimetrias de poder e por mecanismos de exclusão. Ao recuperar essas vozes, o capítulo contribui para repensar a história das ciências em chave menos eurocêntrica e mais inclusiva. |
URI: | https://omp-editora.prd.ibict.br/index.php/edibict/catalog/view/356/467/2480 http://hdl.handle.net/10174/39206 |
Type: | bookPart |
Appears in Collections: | IHC - Publicações - Capítulos de Livros
|
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.
|