Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/35255

Title: Escolas, Complexidade e Investigação: Os Desafios Latentes
Authors: Silva, Nuno
Dinis, Sónia
Keywords: Educação
Complexidade
Investigação
Issue Date: 2020
Publisher: Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora
Citation: Silva, N., & Dinis, S. (2020). Educação, Complexidade e Investigação: Os Desafios Latentes. Em L. Sebastião, & H. Rebelo (Org.), IV Encontro de Jovens Investigadores em Educação: Livre de Atas (pp. 171-184). Centro de Investigação em Educação e Psicologia da Universidade de Évora.
Abstract: O campo da educação tem vindo a ser caracterizado pela sua natureza complexa. Contudo, têm estado em falta reflexões que esclareçam o significado da complexidade; e os desafios que emergem da dialética complexidade-educação mantêm-se latentes, o que pode estar a contribuir para que o significado da expressão seja neutro e afastado da ciência. Portanto, o que queremos dizer quando, na educação, falamos de complexidade? Assim, nosso objetivo é contribuir para que a complexidade adquira um significado científico e partilhado nas Ciências da Educação e debater os seus impactos na investigação e intervenção educativa, através de um ensaio reflexivo. Começamos por propor que a expressão deve ter um entendimento polissémico, significando (a) a interação espontânea entre agentes simultaneamente livres, autónomos e interessados, (b) que resulta em incertezas e na emergência de adaptações. Para reflexão sobre os impactos que tal conceito tem na educação, tomamos os contrastes entre os sistemas simples e complexos. Quanto à sua natureza, os ambientes simples estão sujeitos a relações lineares e de causa-efeito; os ambientes complexos estão preenchidos de agentes livres e autónomos, cujas interações fazem emergir surpresas – traduzindo o caráter não linear do sistema. Em consequência, enquanto nos ambientes simples é possível fazer previsões seguras sobre o futuro a partir do conhecimento anterior e, consequentemente, reduzir o sistema a modelos fatoriais, nos sistemas complexos o conhecimento é sempre provisório e o sistema não pode ser captado por modelos redutores da realidade, uma vez que a exclusão de qualquer um dos seus agentes poderia significar a exclusão do fator que explicaria as evoluções. Metodologicamente, enquanto nos ambientes simples, podem ser implementadas atividades por planeamento, replicação de boas práticas e experimentação de fundamento linear, nos sistemas complexos procura-se compreender o que atrai os agentes e gerir as condições em que estes interagem, para que delas emerjam inovações. Nesse caso, a intervenção e a investigação sobre ambientes complexos, como as escolas, deve assentar na disposição do sistema; em experiências safe to fail; e na identificação dos pontos de atração. Assim, as Ciências da Educação estão desafiadas a renovar metodologias para que sejam coerentes com o caráter complexo, incerto e surpreendente da educação.
URI: https://www.ciep.uevora.pt/Publicacoes/publicacoes_nao_periodicas/IV-ENJIE
http://hdl.handle.net/10174/35255
Type: lecture
Appears in Collections:CIEP - Comunicações - Em Congressos Científicos Nacionais

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