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http://hdl.handle.net/10174/34559
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Title: | Queratopatia da Flórida: Relatos de casos |
Authors: | Guimarães, Tarcísio Cardoso, Karla Botelho, Fátima Laranjo, Mafalda Alexandre, Nuno |
Keywords: | Queratopatia da Flórida Córnea Gato Florida spots |
Issue Date: | 22-Oct-2021 |
Publisher: | Congresso Internacional Veterinário Montenegro |
Citation: | Guimarães, T., Cardoso, K., Botelho, F., Laranjo, M., Alexandre, N. (2021, 22 e 23 de Outubro de 2021). Queratopatia da Flórida: Relato de Casos. XVII Congresso Internacional Veterinário Montenegro, Santa Maria da Feira, Portugal. |
Abstract: | Introdução
“Florida Spots” ou Queratopatia da Florida é uma desordem da córnea
aparentemente benigna e assim denominada, pois os primeiros casos foram observados
em gatos na região Sudeste da Florida, USA1,2. A queratopatia da Florida foram
relatadadas em gatos e cães, sem observar diferenças relacionadas ao sexo e idade dos
animais acometidos1. A desordem da córnea são localizadas dentro do estroma anterior
de um ou de ambos os olhos, caracterizadas por opacidades singulares ou múltiplas de
cor cinza a branco, de forma arredondada a irregular e frequentemente aparecem mais
densas em seu centro3. A periferia das lesões adjacentes podem ainda se sobrepor3. Vários
estudos foram realizados na procura do agente etiológico, mas nada foi esclarecedor3.
Fator físico foi sugerido, mas não comprovado, incluindo a exposição à luz ultravioleta2,3.
A queratopatia da Florida é assintomática, sendo o animal acometido, não apresenta
qualquer sinal de inflamação, desconforto ou dor ocular1,3. As lesões não são alteradas
pela terapia antibacteriana, antifúngica ou corticosteróides tópicos3. O objetivo do
trabalho foi relatar o caso de dois gatos e um cão, com presença de opacificações
corneanas, diagnosticadas como queratopatia da Florida.
Descrição dos casos clínicos
Um gato, macho castrado, sem raça definida de 5 anos(A1); um gato, fêmea, sem
raça definida de 7 anos(A2) e um cão, fêmea castrada, Caniche de 9 anos(A3), foram
atendidos com a presença de opacificações na córnea, sem história pregressa de
tratamentos ou trauma ocular. Na avaliação oftalmológica com auxílio do biomicroscópio
com lâmpada de fenda, observou-se a córnea com opacidade (nébula) de forma
arredondada a irregular com centro discretamente mais opaco (macula). O animal A1
apresentou múltiplas opacidades em ambos os olhos. O animal A2 apresentou
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opacificações com a periferia das lesões adjacentes sobrepostas, no olho direito. O animal
A3 observou somente no olho direito uma única opacificação com o centro mais denso.
Nenhum dos animais apresentavam qualquer sinal de desconforto ou inflamação no
momento do exame. O painel hematológico e bioquímicos não revelaram qualquer
alteração. O teste lacrimal de Schirmer e a pressão intraocular estavam dentro dos
parâmetros para cada espécie. O teste com fluoresceína sódica evidenciada com a luz azul
cobalto do biomicroscópio, não revelou qualquer ponto de penetração do corante. O teste
com rosa bengala foi negativo, não observando coloração na superfície ocular. Devido as
características das lesões corneanas, ausência de desconforto ou sinais de processos
inflamatório ocular, associados a análises e exames dentro dos parâmetros fisiológicos,
concluímos diagnosticar as lesões como queratopatia da Florida. Não foi empregada
qualquer abordagem terapêutica, mas foi recomendado a documentação fotográfica e
reavaliações semestral das lesões. Na reavaliação deve observar alterações nas
opacidades ou mesmo diferenciação de outras queratopatia como distrofias e
degenerações, já que essas são secundárias a alterações locais ou sistêmicas.
Conclusão
A queratopatia da Florida é uma desordem pouco conhecida e raramente
diagnosticada. A similaridade entre outras queratopatia pode dificultar o seu diagnóstico.
No entanto, com a realização de um exame minucioso e observação da aparência clínica
das lesões, é possível determinar o diagnóstico.
Acknowledgment: Os autores agradecem a colaboração de toda a equipe do Hospital Veterinário
da Universidade de Évora e à Fundação de Ciência e Tecnologia (FCT), Portugal,
(SFRH/BD/139319/2018).
Bibliografia
1Machado, M. L. S, Baptista, N. I., & Breitsameter, I. (2004). Ocorrência de opacidades corneanas
(Florida spots) em gatos atendidos no Hospital de Clínicas Veterinárias da UFRGS. Acta
Scientiae Veterinariae, 32(1), 65-68.
2Tucker, G. S., Karpinski, L., & Fuseler, J. W. (1979). Morphology and distribution of lightscattering
granules in the corneas of South Florida cats. J. Cell Biol, 83, 479A.
3Gelatt, K. N., Ben-Shlomo, G., Gilger, B. C., Hendrix, D. V., Kern, T. J., & Plummer, C. E.
(Eds.). (2021). Veterinary ophthalmology. John Wiley & Sons. |
URI: | https://congressohvm.com/2021/wp-content/uploads/2022/03/Livro-de-Resumos-2021.pdf http://hdl.handle.net/10174/34559 |
Type: | lecture |
Appears in Collections: | MVT - Comunicações - Em Congressos Científicos Internacionais
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