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Title: ABORDAGEM MÉDICO-CIRÚRGICA NO TRATAMENTO MULTIMODAL DE CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS PALPEBRAL EM UM GATO: RELATO DE CASO
Authors: Guimarães, Tarcísio
Cardoso, Karla
Moraes, Joana
Moraes, Carlos
Botelho, Filomena
Alexandre, Nuno
Keywords: Carcinoma
Pálpebra
Células escamosas
Gato
Tratamento
Multimodal
Issue Date: 20-Feb-2020
Publisher: Congresso Internacional Veterinário Montenegro
Citation: Guimarães, T., Cardoso, K., Moraes, J., Moraes, C., Botelho, F., Laranjo, M., Alexandre, N. (2020, 20 a 22 de Fevereiro de 2020). Abordagem médico-cirúrgica no tratamento multimodal de carcinoma de células escamosas palpebral em um gato: relato de caso. XVI Congresso Internacional Veterinário Montenegro, Santa Maria da Feira, Portugal.
Abstract: O carcinoma de células escamosas representa a neoplasia cutânea maligna mais frequente nos gatos domésticos4 e sendo mais prevalente do que na maioria das outras espécies2. Acomete com maior frequência plano nasal, pálpebras, orelha e lábios. A sua ocorrência está associada a regiões de alopecia, pouca pigmentação, exposição aos raios solares, vírus, lesões inflamatórias crônicas, entre outros fatores4. Variados métodos são utilizados no tratamento, a escolha deve considerar a condição do paciente, dimensões do tumor, estadiamento clínico e a invasão tecidual3,4. Os tratamentos incluem excisão cirúrgica, criocirurgia, terapêutica fotodinâmica, hipertermia, quimioterapia, eletroquimioterapia e radioterapia1,4. Em pacientes onde a exérese cirúrgica completa da neoplasia seja possível, esta é a modalidade terapêutica apropriada3. Contudo é imprescindível a remoção de ampla margem, para evitar recidiva local, sendo necessário, em alguns casos, realizar cirurgias radicais3. O presente trabalho tem como objectivo relatar o tratamento multimodal em um gato acometido por carcinoma de células escamosas em região palpebral. Uma gata fêmea, de 11 anos, sem raça definida, foi à consulta com lesão ulcerativa na região palpebral do olho esquerdo. Ao exame físico, observou-se uma neoformação, avermelhada, ulcerada e friável; acometendo a margem palpebral inferior esquerda com extensão infraortital, membrana nictitante, fórnice e conjuntiva bulbar. Reflexos oculares estavam normais e fundoscopia não apresentou alteração. A ecografia ocular revelou invasão orbital. No estadiamento, os parâmetros fisiológicos, e os resultados exames apresentavam-se dentro dos limites normais. Pequeno fragmento resultante de biópsia foi encaminhado para exame histopatológico, sendo o resultado de carcinoma de células escamosas. Na sequência deste resultado, foi instituída terapia multimodal que consistiu na quimioterapia com carboplatina(250mg/m2), por via intravenosa com intervalo de 21 dias, totalizando 6 sessões, 56 associado ao procedimento de criocirurgia com nitrogênio líquido e exenteração com autoenxerto de tecido adiposo. Após duas sessões de quimioterapia foi realizada o procedimento de criocirurgia, consistindo em três sessões de congelamento rápido seguido por descongelamento lento. Dez dias após a segunda sessão de quimioterapia ocorreu uma redução tumoral significativa, contudo a manifestação neoplásica continuava presente e por conseguinte; realizou-se ressecção cirúrgica ampla através da exenteração orbital, com autoenxerto de tecido adiposo. O tecido adiposo foi obtido da região abdominal, e mantido em solução fisiológica com a adição de cefazolina, até o momento do preenchimento orbital. O encerramento do ferimento cirúrgico ocorreu com um enxertos cutâneo por avanço bipediculado. No pós-operatório foi administrado amoxicilina+ácido clavulânico(12,5 mg/kg) e omeprazol(1,0mg/kg), por via intravenosa, durante 10 dias; e meloxicam(0,1mg/kg) e tramadol(2,0mg/kg), por via subcutânea, durante 5 dias. O protocolo com carboplatina, foi mantido com sessões a cada 21 dias, totalizando 6 sessões. Não foram observadas evidências de recorrência local ou à distância no acompanhamento oncológico, 90 dias após a última sessão de quimioterapia. Foi indicado evitar exposição solar e acompanhamento oncológico regular a cada 3 meses. A associação de diferentes modalidades terapêuticas, como quimioterapia, criocirurgia e cirurgia, foi decisiva para o controle do tumor e melhoria da qualidade de vida do paciente descrito. Fortalecendo, desta forma a eficácia da terapêutica multimodal como ponto-chave no tratamento do carcinoma de células escamosas em gatos. Referências 1Silveira, L. M., Cunha, F. M., Brunner, C. H., & Xavier, J. G. (2016). Employment of electrochemotherapy for cutaneous squamous cell carcinoma in cats. Pesquisa Veterinária Brasileira, 36(4), 297-302. 2Braga Filho, C. T., Lopes, C. E. B., Braga, P. S., Soares, C. L., & de Araújo Viana, D. (2018). Carcinoma de células escamosas em orelha de gato: abordagem clínico-cirúrgica em relato de caso. PUBVET, 12, 131. 3Martins, D. M., Bertolo, P. H. L., de Oliveira Bezerra, D. K., da Silva, C. D. C. F., de Aguirra, L. R. V. M., de Oliveira Vasconcelos, R., & Pereira, W. L. A. (2016). Carcinoma de células escamosas em terceira pálpebra de felino. Acta Scientiae Veterinariae, 44, 1-5. 4Meuten, D. J. (Ed.). (2016). Tumors in domestic animals. John Wiley & Sons.
URI: https://congressohvm.com/1/dw/ProceendingsPosteres/ProceedingsComunicacoesOraisePosteresMedicinaVeterinaria_PatrocinadosRoyalCanin.pdf
http://hdl.handle.net/10174/34544
Type: lecture
Appears in Collections:MVT - Comunicações - Em Congressos Científicos Internacionais

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