Centro de Assistência Polivalente de Portimão (1959-2017)

Abstract

Falar de movimento moderno algarvio é já um lugar comum entre os arquitectos, mas cedo percebemos que esse não é o contexto português. Tanto os poderes políticos nacionais como a maioria dos poderes autárquicos estão em completa ignorância quanto a estes assuntos da arquitectura. De um modo ou de outro, com vitórias ou derrotas, nós como arquitectos estamos incumbidos de os informar sobre a importância que a qualidade dos espaços arquitectónicos, urbanos e paisagísticos têm para a qualidade de vida da população que os elege. Mas, como todos sabemos, nem sempre existem ouvidos e é sobre as características dessa surdez que este texto fala. Trago aqui um exemplo. Um projecto que tem sofrido sucessivas adulterações realizadas por quem não teve a humildade de se perguntar sobre o sentido daquela construção humana. E digo humana porque ao contrário dos meus conterrâneos nunca gostei de individualizar pessoas mas antes de as juntar. Como caso de estudo uso um fenómeno que aconteceu em 2017 em volta do edíficio do Centro de Assistência Polivalente de Portimão realizado pelo Arq. Vicente de Castro. Para entender toda a trama é necessário contextualizar e simultaneamente factualizar.