Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/3114

Title: Do colorido da natureza à tinturaria natural: O contributo das flores
Authors: Dias, A.S.
Editors: Dias, A.S.
Candeias, A.E.
Keywords: Ethnobotany
Issue Date: 2007
Publisher: GIEPCN- Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Pigmentos e Corantes Naturais
Citation: Dias AS 2007. Do colorido da natureza à tinturaria natural: O contributo das flores. Entre as Artes e as Ciências. In Dias AS e AE Candeias (Coordenadores) 2007. Pigmentos e Corantes Naturais. Entre as Artes e as Ciências. GIEPCN- Grupo Interdisciplinar de Estudos sobre Pigmentos e Corantes Naturais, Universidade de Évora, Évora, pp.121-135
Abstract: As flores encontram-se entre as mais recentes «invenções» das plantas na adaptação ao ambiente terrestre, sendo nelas que o que normalmente poderá ser visto como o “capricho” da cor atinge o seu expoente máximo. Efectivamente em nenhum outro órgão vegetal se encontra uma tão grande variedade de formas e cores. A ciência distingue um «desígnio» oculto subjacente à euforia cromática ostentada pelo mais exuberante e variável órgão vegetal. Efectivamente, as cores florais são entendidas como parte de um design sedutor desenvolvido especificamente para a atracção de determinados polinizadores. No entanto, e apesar da paleta natural ser extremamente rica, há uma notável economia de meios na forma como foi conseguido o colorido floral. Com efeito, a enorme variedade cromática ostentada pelas flores é obtida com recurso a um número relativamente reduzido de pigmentos vegetais em que se destacam os pertencentes aos grupos dos carotenóides, das antocianinas ou dos flavonóides. Curiosamente os pigmentos mais comuns nas flores podem encontrar-se noutros órgãos vegetais como folhas e caules, pelo que no processo de colorir-se as flores mais não fizeram do que concentrar pigmentos disponíveis já inventados e despir-se do inconveniente verde clorofilino que os obscurece e mascara. Na planta, estas substâncias pigmentadas desempenham diversas funções entre as quais se destacam as relacionadas com a absorção ou reflexão da luz e protecção contra a radiação ultravioleta. Nas flores adiciona-se-lhes uma função de atracção frequentemente fundamental no jogo complexo de sedução do polinizador a que se juntam dimensões, formas e padrões e ainda frequentemente aroma e néctar. O papel das cores na atracção dos polinizadores é referido bem como as características, localização e funções dos três grandes grupos de pigmentos comummente responsáveis pelas cores florais. A utilização das flores como corantes têxteis relaciona-se naturalmente com o tipo de pigmentos presentes e merecerá igualmente atenção com uma referência especial ao açafrão, um corante de utilização antiquíssima e múltiplos usos, tanto antigos como recentes, obtido a partir dos estigmas da flor recém aberta de Crocus sativus.
URI: http://hdl.handle.net/10174/3114
ISBN: 978-972-99959-5-8
Type: bookPart
Appears in Collections:BIO - Publicações - Capítulos de Livros

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