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http://hdl.handle.net/10174/29691
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Title: | Post-fire regeneration of pollination processes: an ecological network approach |
Authors: | Banza, Paula Virgínia Serra Parreira |
Advisors: | Belo, Anabela Dias Evans, Darren |
Keywords: | Pollination Ecological networks Fire Mediterranean Moths Polinização Redes ecológicas Fogo Mediterrâneo Lepidópteros noturnos |
Issue Date: | 25-Feb-2021 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | Wildfires shape ecological and evolutionary processes but are increasing in
frequency as a result of climate change and other factors, particularly in the
Mediterranean countries, with implications for biodiversity and ecosystem functioning.
Whilst the recovery of plant communities after a wildfire is generally understood, the
impacts on ecological processes, such as plant-pollinator interactions, have received
little attention. Moths are a major group of insects contributing to global biodiversity
and play an important role in food webs, with recent research suggesting they could be
important, but overlooked, pollinators. However, it is unclear the extent to which
wildfires affect insects, and nocturnal moths in particular, and how they disrupt their
potential role as pollinators.
The aim of this study was to to examine the recovery of plant-pollinator interaction
networks, considering diurnal insects, on one hand, and nocturnal moths on the other,
to fire disturbance by comparing interacting plant and animal communities in post-fire
burned and unburned areas. We investigated the effects of wildfire on diurnal and
nocturnal pollen‐transport networks over two years following a large fire that occurred
in Southern Portugal. By comparing plants and insects carrying pollen collected at
three burned sites and three adjacent unburned sites, we analysed the effects of
wildfire on: a) abundance and species richness of diurnal insects, moths and flowers
across seasons; b) the pollen transported by diurnal insects and moths; and c) the
structure of nocturnal (moth) pollen‐transport networks.
Burned sites had a significantly higher abundance of flowers, but nocturnal moths
were less abundant and species‐rich. Overall, 70% of individual moths carried pollen,
and they transported pollen from 83% of the flower species present. The total pollen
transport by the moth assemblage at burned sites was just 20% of that at unburned
sites. Nocturnal pollen‐transport networks had lower complexity and robustness
following the fire than at nearby unburned sites.
For diurnal insects, wildfire had significant, interacting effects on the abundance
but not on species richness; with time, they increased in abundance and species richness, most notably each spring. Pollen loads and species richness on individual
diurnal insects were significantly higher in burned sites in the first spring only, but
generally increased with time after the wildfire.
These results suggest negative effects of fire upon nocturnal moths that will likely
permeate to other taxa through loss of ecological interactions. However, diurnal
insects, and the pollen they transported, returned to the pre-fire, unburned state
within a relatively short period. Understanding the responses of ecological networks to
wildfire can inform management that promotes resilience and facilitates
whole‐ecosystem conservation; Resumo
Recuperação pós-fogo de processos de polinização – uma abordagem às redes
ecológicas
Os incêndios florestais moldam processos ecológicos e evolutivos, e espera-se que
aumentem de frequência e intensidade como resultado de alterações climáticas, entre
outros fatores, em particular na zona do Mediterrâneo, com implicações para a
biodiversidade e funcionamento dos ecossistemas. Embora a recuperação das
comunidades vegetais após um incêndio florestal seja geralmente compreendida, os
impactos nos processos ecológicos, como as interações entre plantas e polinizadores,
têm recebido pouca atenção. Os lepidópteros noturnos são um grande grupo de
insetos que contribuem para a biodiversidade global e desempenham um papel
importante nas teias alimentares; estudos recentes sugerem que podem ser
importantes polinizadores, embora um pouco negligenciados. Contudo não existe
informação suficiente sobre até que ponto os incêndios florestais afetam os insetos de
uma maneira geral, e os lepidópteros noturnos em particular, e, em consequência,
sobre como podem comprometer o seu papel potencial de polinizadores.
O objetivo deste estudo foi examinar a recuperação das redes de interação entre
plantas e polinizadores após perturbação causada pelo fogo; consideraram-se insetos
diurnos e lepidópteros noturnos e comparou-se a interação entre as comunidades de
plantas e insetos em áreas ardidas e não ardidas.
Investigámos os efeitos do fogo nas redes diurnas e noturnas de transporte de
pólen ao longo de dois anos, após um grande incêndio ocorrido no sul de Portugal. Ao
comparar as plantas e os insetos vetores de pólen recolhido em três locais ardidos e
três locais adjacentes não ardidos, analisámos os efeitos do fogo: a) na abundância e
riqueza de espécies de insetos diurnos, lepidópteros noturnos e flores ao longo do
tempo; b) no pólen transportado por insetos diurnos; e c) na estrutura das redes
noturnas (lepidópteros noturnos) de transporte de pólen.
Nas áreas ardidas a abundância de flores foi significativamente maior,
contrariamente aos lepidópteros noturnos, menos abundantes e com menor riqueza
específica. Cerca de 70% dos lepidópteros noturnos transportaram pólen de aproximadamente 83% das espécies das flores presentes. O transporte total de pólen
pela totalidade de lepidópteros noturnos foi de apenas 20% nos locais afetados pelo
fogo, por comparação com os locais não ardidos. As redes noturnas de transporte de
pólen apresentavam menor complexidade e robustez após o incêndio do que as de
locais não ardidos.
No caso dos insetos diurnos, o fogo teve efeitos significativos no número de
indivíduos, mas não na riqueza específica; ao longo do tempo, os insetos foram
aumentando em número e riqueza de espécies, mais expressivamente em cada
primavera. O total de pólen transportado e abundância de insetos diurnos foram
significativamente maiores em locais afetados pelo fogo, mas apenas na primeira
primavera; de uma forma geral foram aumentando após o incêndio, ao longo do
tempo.
Os resultados do estudo sugerem efeitos negativos do fogo sobre os lepidópteros
noturnos que provavelmente irão refletir-se noutros taxa através da perda de
interações ecológicas. No entanto, no caso dos insetos diurnos e do pólen por eles
transportado, assistiu-se a um retorno ao estado pré-incêndio após um período
relativamente curto.
O conhecimento dos efeitos que o fogo tem sobre as redes ecológicas e, sobretudo,
da forma como se dá a recuperação dessas redes após a ocorrência do fogo, pode ser
muito útil para o estabelecimento de uma gestão adequada que promova a resiliência
dos ecossistemas, facilitando desse modo a sua conservação de um ponto de vista
global. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/29691 |
Type: | doctoralThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento
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