A propriedade detida ou usufruída pelos muçulmanos do reino português
revela características específicas, advindas de uma mescla entre formas de
exploração que se impõem no contexto da medievalidade ocidental, como de
uma individualidade imputável aos seus traços identitários, emanando do
próprio direito islâmico. Vector que, de resto, não surpreende na avaliação global
de uma identidade mudéjar, justamente singularizada pela sua dupla adscrição
à cultura maioritária, assim como aos valores matriciais que definem a
sua etnicidade e consequente alteridade como grupo diferenciado.