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http://hdl.handle.net/10174/24810
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Title: | Convivemos numa sociedade justa e decente? Críticas, Envolvimentos e Transformações |
Authors: | Resende, José Manuel MARTINS, A. M. P. C. D. |
Issue Date: | 2017 |
Publisher: | Editora Fronteira do Caos |
Citation: | RESENDE, José Manuel; MARTINS, A. M. P. C. D. (Org.) . Convivemos numa sociedade justa e decente? Críticas, Envolvimentos e Transformações. 1. ed. Porto: Editora Fronteira do Caos, 2017. |
Abstract: | Porque se mobilizam criticamente as pessoas? Esta é uma pergunta para a qual as ciências sociais
têm vindo, nas últimas décadas, a procurar resposta. Se podemos, por um lado, afirmar que a crítica e a
denúncia são dispositivos fundamentais para a mobilização individual e colectiva nas sociedades
modernas, em geral, e mais acentuadamente nas sociedades de modernidade liberal alargada (Wagner,
1996), cabe também esclarecer que os quadros ético-morais, cognitivos e actantes que organizam as
operações críticas e de denúncia e as consequentes mobilizações em seu redor podem diferir
significativamente, quer de acordo com a sua historicidade, quer de acordo com as múltiplas situações
em que os atores se encontram uns perante os outros em tempos e lugares descompassados. .
Um primeiro quadro a que nos podemos referir, neste âmbito, é o da justiça. A crítica assume aqui o
papel de denúncia da injustiça. Tendo a justiça que ver com a distribuição ou troca de bens comuns
(Boltanski & Thévenot, 1991), de acordo com determinadas convenções e critérios sociais, a crítica e a
denúncia estão associadas àquilo que se considera ser uma distribuição ou troca não adequada desses
mesmos bens (face às convenções socialmente reconhecidas), e portanto, classificada como injusta. As
investigações neste domínio têm igualmente demonstrado como as disputas sobre o carácter justo ou
injusto de uma situação são rotineiramente levadas a cabo pela convocação, com intuitos justificativos
ou críticos, de uma ou várias ordens de convenções que especificam, cada uma delas, um sentido do
justo, em função da sua orientação para uma determinada forma de bem comum. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/24810 |
Type: | book |
Appears in Collections: | CICS.NOVA - Publicações - Livros
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