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http://hdl.handle.net/10174/23799
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Title: | Crono-desenvolvimento do quadrante noroeste da cidade de Évora (Portugal): a implantação de duas casas religiosas como fator potenciador de novo tecido urbano |
Authors: | Monteiro, Maria Filomena Tereno, Maria do Céu |
Keywords: | Urbanismo; Malha Urbana; Património; Carto-iconografia |
Issue Date: | Jul-2018 |
Publisher: | Universidade do Porto |
Abstract: | Évora foi ocupada por diferentes povos com culturas e origens muito díspares: romanos vindos do Mediterrâneo, godos do Norte da Europa e por último, no ano de 715, muçulmanos oriundos do Norte de África. A religião cristã foi introduzida durante o período de ocupação romana, assumindo protagonismo e práticas diferenciadas, de acordo com as crenças religiosas próprias. No início do século XVI a área urbana encontrava-se totalmente amuralhada e os antigos Arrabaldes integravam a nova malha urbana. Por razões defensivas permaneceram livres os espaços anexos à recém-construída muralha, que serviam também como locais de pastagem. As cercas das casas religiosas constituíram-se como reservas de terrenos livres de edificações. As áreas ocupadas pelos complexos monástico-conventuais (de São Francisco, São Domingos e Santa Mónica, fundados durante os séculos XIII e XIV, no século XV os conventos de Santa Clara, Nossa Senhora do Paraíso e São João Evangelista, nos séculos seguintes, Santa Catarina de Sena, Nossa Senhora do Monte Calvário, Nossa Senhora da Graça, Nossa Senhora do Carmo, Nossa Senhora das Mercês e São José da Esperança) foram sendo cada vez menores nas fundações mais recentes, devido à densificação progressiva do espaço urbano. A nível urbanístico contribuíram para o desenvolvimento de aglomerados urbanos iniciais, que em circunstâncias específicas tiveram como referência os respetivos conventos mendicantes, caso dos Arrabaldes de S. Francisco e S. Domingos. O Convento de São Domingos de Évora foi fundado, na sequência de outros cenóbios, em 1286 sendo o segundo complexo religioso urbano fundado em Évora. Localizou-se descentrado relativamente à intensa vida económica da cidade, que se prolongaria posteriormente, e progressivamente, ao longo da área adjacente à muralha primitiva, em direção a sul e poente. A fundação em Évora do antigo Mosteiro de Santa Clara data de 1452. Este inseriu-se em espaço urbano já fortemente condicionado, contribuindo para a sua maior densificação. Esta ocupação de território teve grande influência no desenvolvimento do espaço envolvente, concorrendo para o crescimento coeso da cidade, e posteriormente para o urbanismo resultante da implantação destas casas religiosas. As duas construções deixaram marca na configuração urbana da cidade, que até hoje ainda se mantem, apesar de qualquer destes espaços ter sido utilizado, após a exclaustração das ordens religiosas, de forma muito diferenciada daquela para a qual tinham sido concebidos, o mesmo sucedendo com os espaços das cercas que foram utilizadas com finalidades distintas no século XX. Patrimonialmente perdura a malha urbana, que se foi consolidando ao longo de mais de oito séculos, vestígios pontuais da antiga edificação do convento de S. Domingos e o Mosteiro de Santa Clara que foi alvo de intervenções menos radicais. A análise carto-iconográfica permitirá acompanhar a evolução da cidade através de documentos coetâneos, bem como fundamentar a importância destas duas casas religiosas no desenvolvimento do quadrante noroeste da cidade. Este estudo pretende contribuir para a preservação da memória das gerações que nos antecederam o conhecimento e valorização dos vestígios remanescentes das antigas ocupações de cariz religioso, bem como da malha urbana onde se encontram inseridos. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/23799 |
Type: | lecture |
Appears in Collections: | ARQ - Comunicações - Em Congressos Científicos Internacionais
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