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http://hdl.handle.net/10174/21814
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Title: | Contributo para a reintegração do porco alentejano no montado |
Authors: | Nunes, José Luís Tirapicos |
Advisors: | Potes, Nuno Maria de Vilas Boas |
Issue Date: | 1993 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | INTRODUÇÃO: Em 1986, quando se iniciou o planeamento do projecto, reinserção do porco Alentejano no montado vivia-se ainda, em termos políticos de certo modo, o rescaldo da revolução de 1974 e esboçava-se o impacto da adesão à Comunidade Económica Europeia. O sector agrário era constantemente instado a in- vestir na modernização, insistia-se na competitividade da nossa agricultura, em relação à da Europa verde, à custa de maquinaria e investimentos massivos. Para os que não pudessem competir nos cereais nas oleaginosas ou nos regadios, sugeria-se a implantação de prados, que permitissem aumentar os encabeçamentos, sobretudo de ovinos. A "palavra de ordem" era intensificar, não obstante o risco de colidir com as utilidades ambientais, oferecidas por ecossistemas frágeis, de que os montados são exemplo. o sistema de suinocultura extensivo, não tinha enquadramento legal; a indústria de salsicharia tradicional era inexistente e as próprias oficinas artesanais agonizavam; os montados continuavam o seu caminho de decrepitude; o decréscimo da população suína alentejana atingia níveis preocupantes, (4947 porcas registadas, segundo Antunes Correia e Oliveira, 1985, contra mais de quarenta mil só nos três distritos alentejanos em 1955); em matéria de sanidade permanecia o risco da Peste Suína Africana; a pro habilidade de poderem aparecer efeitos deletérios devidos a consanguinidade exagerada, nas explorações geneticamente isoladas, era grande (Antunes Correia, 1989). A baixa produtividade numérica das porcas, a reduzida dimensão dos efectivos, um ciclo produtivo muito longo, o acréscimo de remuneração, acompanhado de redução do horário do trabalho e as dificuldades na comercialização dos ani mais, tornaram a exploração de suínos tradicional do Alentejo pouco viável, comparativamente a outras actividades agro-pecuárias fortemente subsidiadas. Os novos investimentos na área da suinocultura extensiva eram excluídos dos programas de apoio (PEDAP, Reg CEE 797/85 etc.). A produção estava desorganizada, não havia nenhuma associação de cria dores. O primeiro objectivo do citado projecto era contribuir para inverter a situação criada. Deparavam-se porém as questões: que tipo de produção suína podia ser integrada no montado? Que alterações no maneio tradicional podiam ser introduzidas com vantagem? Seria possível dinamizar um mercado, para produtos de qualidade que utilizassem o suíno Alentejano, de montanheira, como matéria prima? No sentido de dar alguma resposta às questões supra levantadas estabeleceram-se os seguintes objectivos gerais: - Encarar hipótese do cruzamento com etnias melhoradas e avaliar a diferença na taxa de crescimento e composição da carcaça entre a raça suína Alentejana pura e os seus três híbridos: Duroc x Alentejano, Large Black x Alentejano, Piétrain x Alentejano. - Testar o sistema de partos em liberdade usando caba nas individuais dispersas, num parque delimitado por cerca. Comparar o comportamento produtivo da raça suína Alentejana e dos genótipos resultantes do cruzamento da raça Alentejana com as raças Duroc, Large Black e Piétrain em dois sistemas: intensivo e extensivo; sujeitando todos os animais em cada sistema ao mesmo ambiente experimental. - Avaliar a produtividade numérica dos ditos cruzamentos, utilizando as raças de modo recíproco. Analisar, a nível da carne, alguns parâmetros que permitissem, com objectividade, distinguir as características do genótipo Alentejano face aos híbridos. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/21814 |
Type: | doctoralThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento
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