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http://hdl.handle.net/10174/20813
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Title: | Conflitos Ambientais e Progresso Técnico na Indústria Mineira em Portugal (1858-1938) |
Authors: | Guimarães, Paulo Eduardo |
Editors: | Amorim, Inês Pinto, Sara Silva, Luís Sousa |
Keywords: | História da Tecnologia (Hidrometalurgia) Conflitos Ambientais (Portugal, séculos XIX-XX) História Económica e Social - Tecnologia |
Issue Date: | 15-Dec-2016 |
Publisher: | CITCEM/Edições Afrontamento |
Citation: | Guimarães, Paulo E. (2016) - "Conflitos Ambientais e Progresso Técnico na Indústria Mineira em Portugal (1858-1938)". In «CEM/Cultura, Espaço & Memória». Porto: CITCEM/Edições Afrontamento, nº 7, 2016. Dossier temático «Cruzar fronteiras: ligar as margens da história ambiental/Crossing Borders: connecting edges of environmental history». Dir. Maria Cristina Almeida e Cunha; Editores do dossier temático Inês Amorim, Luís Sousa Silva, Sara Pinto. |
Abstract: | Este texto explora o papel que os custos ambientais tiveram nas estratégias de desenvolvimento tecnológico por parte das companhias mineiras em Portugal numa época
marcada pelo liberalismo e por incentivos dos vários governos a iniciativas capitalistas, em nome do ideal progressista. A análise empírica centra-se, em especial, nas grandes explorações da faixa piritosa alentejana cuja expansão e sobrevivência no mercado mundial dependeu da sua capacidade para explorar
filões de sulfuretos com teores muito baixos de metais (com destaque para o cobre). A escala das operações tornou-se um elemento-chave para explicar as
queixas recorrentes de lavradores e de proprietários, com custos imprevisíveis,
bem como os projetos de valorização local dos minérios que exigiram grandes investimentos em infraestruturas. Neste contexto, o desenvolvimento precoce da hidrometalurgia pelo processo de “cementação natural” feito na mina de São Domingos dispensava a queima do minério em fornos abertos que acarretava grandes custos para a saúde e para a economia das populações locais. Deste modo, a nova tecnologia permitiu transferir os custos ambientais dos proprietários e lavradores (que se traduziam em pesadas indemnizações)
para os pescadores e diluir as suas responsabilidades na contaminação do rio
Guadiana graças à existência de outras minas concorrentes na raia (Huelva, Espanha). Conflitos semelhantes desenvolveram-se na bacia hidrográfica do Sado, nos princípios do século XX, com a reativação das minas de Aljustrel e da Caveira (concelho de Grândola), quando a mesma tecnologia foi adotada. A separação formal e geográfica da transformação do enxofre para o fabrico
do ácido sulfúrico, feito no Barreiro, Estarreja, Setúbal e na Achado do Gamo
(São Domingos, Mértola) iria marcar os conflitos emergentes no século XX em
torno dos fumos, que se mantiveram contidos durante o período de ditadura. |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/20813 |
ISSN: | 2182-1097-06 |
Type: | article |
Appears in Collections: | CICP - Publicações - Artigos em Revistas Nacionais Com Arbitragem Científica
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