|
Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/10174/12431
|
Title: | O caso do teatro inexistente, ou do teatro como imagem de nós |
Authors: | Ferreira, José Alberto |
Keywords: | história do teatro português teatro nacional Almeida Garrett imagema |
Issue Date: | 2014 |
Publisher: | Limite. Revista de Estudios Portugueses y de la Lusofonía |
Citation: | Ferreira, José Alberto
2014 «O caso do teatro inexistente, ou do teatro como imagem de nós», Limite. Revista de Estudios Portugueses y de la Lusofonía (8). Dossier temático - Imagología: leyendo imágenes e imaginarios desde la Península Ibérica): 93-126. |
Abstract: | Quando analisamos o significativo conjunto de textos que sobre o teatro português se escreveram, entre o século xix e xx, de Almeida Garrett a Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão ou Fialho de Almeida, por exemplo, deparamos com uma situação paradoxal. Por um lado, como se sabe, o século XIX é o século da afirmação do teatro enquanto veículo identitário privilegiado das nações, na esteira das posições de Schiller e das teses doutrinárias do romantismo; é o século em que verificamos um aumento das casa de espectáculos em Lisboa, o reforço episódico do apoio do Estado ao Teatro Nacional, a instituição do Conservatório e dos Concursos de incentivo à produção dramática nacional. Por outro lado, porém, este é também o tempo da construção do imagema estereotipado pelo qual se rejeita a existência do teatro português. O teatro português existe?, perguntava em 1912, no título da «tese de concurso à terceira cadeira da Escola de Arte de Representar (Filosofia Geral das Artes)» Luís Barreto, antecedido por um século de insistentes referências à ausência de qualidade da produção dramática nacional.
Neste breve ensiao, procuro analisar os termos desta polaridade, numa ambivalência que foi sendo retomada nos escritos sobre identidade e cultura (e.g. A. J. Saraiva, Crabée Rocha, Jorge Dias, Vítor Santos) e pelas histórias do teatro português e só começa a ser expressamente posta em causa quando a renovação da historiografia do teatro convoca novos paradigmas e se evidenciam as polaridades ideológicas dos discursos implicados. Se o projecto de Garrett, como disse Eduardo Lourenço, visava «fundamentalmente a teatralização de Portugal como povo que só já tem ser imaginário» (1978: 83), o seu discurso de juventude contra Gil Vicente (na História Filosófica do Teatro Português) e depois celebrando a sua herança (em Um auto de Gil Vicente) lança ao mesmo tempo os fundamentos de um projecto nacional de teatro e o seu imagema mais dramático. |
URI: | http://www.revistalimite.es/volumen%208/06_ferreira.pdf http://hdl.handle.net/10174/12431 |
Type: | article |
Appears in Collections: | CHAIA - Publicações - Artigos em Revistas Internacionais Com Arbitragem Científica ARC - Publicações - Artigos em Revistas Internacionais Com Arbitragem Científica
|
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.
|