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http://hdl.handle.net/10174/12141
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Title: | A lírica em verso de M. António: uma estética e uma ética da crioulidade angolana, estudo literário |
Authors: | Soares, Francisco Manuel Antunes |
Keywords: | Literatura angolana Estudos literários Mário António |
Issue Date: | 1995 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | Pode servir, a introdução a uma tese, diversas opções. Entre a nomeação das motivações e dos condicionalismos ideológicos e práticos - estes, quase sempre difíceis - com que trabalhámos, ou a interpretação prévia de um trabalho próprio, ou, ainda, a tentativa de condicionamento da leitura e de captação da benevolência dos juízes (sempre necessária, de resto), não optámos por nenhuma espécie nem contra nenhuma espécie. Porque nos pareceu mais sincero expor apenas as dúvidas que desde o início nos perturbaram, confessar as leituras iniciais que poderiam ter formado o nosso "horizonte de expectativa% mostrar as reticências que nos suscitaram essas leituras e preparar, ou delinear, assim, o trabalho.
A breve introdução que faremos aqui poder-se-ia, por isso, definir simplesmente como o estabelecimento de um desafio: o de realizar o trabalho em função das diversas hipóteses em jogo - e, por arrastamento, o de fixar essas hipóteses de forma curta e clara, para que o preâmbulo não adormeça, nem confunda, as energias do leitor eventual, antes da deambulação efectiva.
Ao se referir ao papel da hipótese na construção teórica, ou na configuração interpretativa no campo das ciências humanas em geral, e da crítica literária em particular, Fidelino de Figueiredo afirmou:
É neste momento que intervem a hypothese, isto é, o expediente de suppôr provisoriamente coisas, que nos ajudam a encadear os successos e que esperamos ver confirmados. Não é esta collaboração da hypothese que deve causar scepticismo a respeito do trabalho da critica; todos sabemos do grande papel da hypothese na elaboração das sciencias exactas e como os maiores constructores do saber, principiando por Newton, foram tambem grandes creadores de hypotheses. Reservam por esse motivo os tratadistas da logica sempre umas paginas á theoria da hypothese: sua justificação, operações que a constituem e regras que a dirigem. Mas esta
hypothese scientifica visa a explicar o geral e a hypothese da historia litteraria visa a explicar só o singular '.
Daí tira depois o conhecido crítico português que as hipóteses "historico-litterarias tendem a tornar-se verdades definitivas, quando se confirmam documentalmente por um dado novo, não pela repetição experimental", ao passo que as "theorias scientificas vivem emquanto são uteis e commodas, e não são contrariadas pelos factos". |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/12141 |
Type: | doctoralThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento
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