Please use this identifier to cite or link to this item: http://hdl.handle.net/10174/11355

Title: Teoria da integração, uma poética da alma. Criatividade e autoconhecimento: para uma biografia fílmica de Wim Wenders
Authors: Soares, Paula Maria Gonçalves
Advisors: Torres, Mário Jorge
Keywords: Teoria da integração
Uma poética da alma
Criatividade
Autoconhecimento
Biografia fílmica
Wim Wenders
Issue Date: 2003
Publisher: Universidade de Évora
Abstract: "Sem resumo feito pelo autor"; Um dos principais papéis reservado à educação consiste, antes de mais, em dotar a humanidade de capacidade de dominar o seu próprio desenvolvimento. Ela deve, de facto, fazer com que cada um tome o seu destino nas mãos e contribua para o progresso da sociedade em que vive, baseando o desenvolvimento na participação responsável dos indivíduos e das comunidades. Jacques Delors et.al, Educação: Um Tesouro a Descobrir - A validação da película - A dedicação temporal alongada a uma temática escolhida deve poder devolver-nos algo maior, algo que contribua para a nossa evolução pessoal bem como para a evolução da humanidade. Após um deambular por entre páginas do espólio cultural que nos foi legado, seleccionámos elementos inovadores que despertaram o nosso interesse, nomeadamente, a abertura do coreus de trabalho, na área da literatura comparada, a um novo suporte - a película, e consequentemente, a validação da mesma como texto per se. Tendo em conta o leque das áreas criativas e tecnológicas necessárias para a execução de um filme, do guião à estreia, deparamo-nos com um produto artístico que, nalguns casos, se aproxima daquilo que Richard Wagner apelidou de Gesammtkunstwerk (obra plena) O nascimento do écran exterior e o nascimento do écran interior / Indeed the filmmaker is a recorder of dreams that are not much different from the dreams of most people. Geoffrey Hill, illuminating Shadows. The Mythic Power of MIm / A película une vários elementos, a imagem, a palavra, o som. Encontramos os mesmos elementos no sonho (sem necessidade do dispendioso suporte técnico). E reflectindo sobre as correspondências existentes entre a película e o sonho, ou de modo aprofundado, entre a película e o 'inconsciente', que alberga e nutre o mundo do sonho, rapidamente verificamos que as possíveis semelhanças que possamos encontrar se podem deduzir do facto de ambos terem 'nascido' na mesma época - o final do século XIX. Simultaneamente, e enquanto os irmãos Lumière e os irmãos Sklandanowsky procuravam aprender os primeiros passos na técnica de captação e projecção de imagens em écrans exteriores,Sigmund Freud e, sobretudo, Carl Gustav Jung, entre muitos, procuravam aprender os primeiros passos na 'técnica' de captação e projecção de imagens em 'écrans interiores'. Estes dois movimentos surgem em simultâneo e complementam-se, pois enquanto a película procura articular-se com os mundos que se situam fora do ser captando-os, recriando-os, a descoberta e o estudo do desconhecido mundo do inconsciente procura articular-se com os mundos interiores do ser. Ambos podem ampliar as possibilidades de autoconhecimento do ser. Diz-nos Geoffrey Hill, a propósito: The first slide projector, called the magic lantern, hints of its numinous characteristic of being able to project illuminated brilliant images onto a screen in a dark room, and thus finto the human soul. (Hill 1992:15) Em illuminating Shadows. The Mythic Power of MIm, Geoffrey Hill vem unir ambos os écrans, o 'exterior'e o `interior', através de um estudo sobre o poder mitológico do filme. Se ao longo da história da humanidade o espólio mitológico foi sendo transmitido pela via oral e posteriormente pelas fontes escritas compiladas sob a forma de contos de fada, lendas e textos épicos, com o surgimento do cinema, inaugura-se também um novo médium de transmissão de imagens que podem ter valor mitológico para quem as contempla. Hill abre portas inovadoras ao apelar para o desenvolvimento da consciência mitológica do ser humano como forma de interpretar as formas de arte contemporãneas numa via de sabedoria: Hopefully mythic interpretation of today's contemporary art fornis will teach us not only how connected we still are to myth, but how sophia, or wisdom, can be gleaned froco such mythic awareness. (Hill 1992:6) Integrara dimensão mitológica do ser humano pode constituir, portanto, uma abordagem inovadora que pode contribuir para a ampliação dos processos de autoconhecimento do Pan-Antropos. E,para tal, a !Fraternidade de Saberes' que se pode estabelecer entre o entendimento do que constitui o 'inconsciente colectivo' junguiano', o estudo dos mitos e a recuperação dos estudos teóricos sobre cinema inspirados na psicologia da Gestalt (Hugo Múnsterberg e Rudolf Arnheim) pode, eventualmente, devolver-nos respostas mais amplas sobre a dimensão mitológica do cinema enquanto possível criador de arquétipos9. No entanto, para entendermos a localização do 'inconsciente colectivo' no indivíduo, é necessário reflectirmos sobre a composição da psique humana à luz dos legados de que dispomos nessa área do saber. Neste contexto considerámos essencial estudar as fontes interiores que subjazem à elaboração de imagens no Ser. As pesquisas que efectuámos nessa área encaminharam-nos para a elaboração de um modelo que descreve o fluxo, a dinãmica não só das fontes interiores que armazenam imagens, mas das matrizes que activam os processos criativos.
URI: http://hdl.handle.net/10174/11355
Type: doctoralThesis
Appears in Collections:BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento

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