|
Please use this identifier to cite or link to this item:
http://hdl.handle.net/10174/11199
|
Title: | Colecções, gabinetes e museus em Portugal no século XVIII |
Authors: | Brigola, João Carlos Pires |
Advisors: | Gil, Fernando Bragança Nunes, Maria de Fátima |
Keywords: | Colecções, gabinetes e museus Portugal no século xviii Coleccionismo joanino Museus pombalinos Museologia |
Issue Date: | 2000 |
Publisher: | Universidade de Évora |
Abstract: | "Sem resumo feito pelo autor"; - A ideia de que em Portugal, ao longo do séc. XVIII, não teriam existido verdadeiras realizações museais (colecções privadas ou museus de iniciativa institucional) encontra-se mais divulgada do que se poderia supor, mesmo em alguns meios universitários ligados à história, à história da arte e à literatura. Esta ocorrência encontra expressão no facto de os raros estudos de conjunto elaborados nos últimos anos - quase exclusivamente firmados em fontes secundárias - terem revelado óbvias dificuldades heurísticas, exibindo, talvez por esta limitação documental, uma dimensão narrativa pouco ambiciosa' .
A desvalorização historiográfica do tema museológico é igualmente comprovável pela quase total ausência de referências nas sucessivas histórias de Portugal que, desde a monumental história 'de Barcelos' (1928-1938) até à dirigida por José Mattoso (1992-1993), se têm vindo a editar, bem como no facto de não ser matéria de publicação habitual nas revistas especializadas da área das ciências humanas e sociais, sabendo-se como não tem sido possível até hoje assegurar a publicação periódica de uma revista de estudos museológicos. As razões de tal alheamento podem ser múltiplas mas relacionam-se em grande medida com o facto de ser muito recente entre nós o estatuto universitário da museologia ou, se se preferir a designação anglosaxónica, dos museum studies.
De facto, há um fundamento indiscutível nesta asserção quando se confronta a débil produção de textos originais no âmbito dos antigos cursos de conservadores de museus (leccionados no Museu Nacional de Arte Antiga) com a qualidade metodológica e conceptual já atingida por recentes dissertações de doutoramento e de mestrado em museologia histórica.
Deve ser lembrado, porém, que mesmo nas escolas de maior produção teórica nesta área (inglesa, francesa, italiana e norte-americana) os estudos modernos sobre a história das colecções começaram a surgir aproximadamente há década e meia , sendo significativo que a revista de
referência em língua inglesa - o Journal of the History of
Collections - tenha ganho corpo apenas na década de noventa.
Com a conhecida e honrosa excepção da Universidade checa de
Brno (a primeira a institucionalizar o ensino e a investigação
em museologia), a recepção universitária a estes novos conteúdos
disciplinares foi conseguida muito lentamente em todo o espaço
europeu, sendo relativamente recentes, por exemplo, os casos da
Escandinávia e da Espanha , como recentes são três das reuniões
científicas internacionais que mais eco obtiveram entre os
investigadores da realidade museológica setecentista:
L'anticomanie. La collection d'antiquités aux 18e et 19e siécles
(Montpellier-Lattes, 1988), Visions of Empire: voyagesr botany,
and nepresentations of nature (Los Angeles,1991), e Les Musées en
Europe à la veille de !'ouverture du Louvre (Paris, 1993) .
Também nos E. U. A., na University of Southern California
de Los Angeles, sobrevieram sérias resistências quando ali se
delineou, em 1981, um programa de post-graduação para
conservadores. A sua responsável, Selma próprio meio
universitário: "A pesar de lo atractivo y fascinante de este reto,
era completamente consciente de que ni los profesionales del
entorno dei museo, ni los historiadores de arte, los científicos
o los etnólogos comprometidos con el medio universitario estaban
preparados para aceptar los estudios de la Museología como una
via legítima (y menos aún, necesaria) de especialización dentro de
la Universidad"
Hoje, são os próprios organismos responsáveis pelos museus
estatais que incentivam a colaboração com as universidades , de
acordo aliás com o percurso normal de aceitação de novos saberes
em constituição que ultrapassam, como bem evidenciou Tomislav
Sala, o universo físico do Museu: "museology is not a science of
museums, i.e. institution-centred" |
URI: | http://hdl.handle.net/10174/11199 |
Type: | doctoralThesis |
Appears in Collections: | BIB - Formação Avançada - Teses de Doutoramento
|
Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.
|