DSpace Collection:
http://hdl.handle.net/10174/14330
2024-03-04T23:01:40ZUma mudança em preparação: a aquisição de propriedades no Barreiro pela Companhia Nacional de Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo (agosto-novembro de 1855)
http://hdl.handle.net/10174/30083
Title: Uma mudança em preparação: a aquisição de propriedades no Barreiro pela Companhia Nacional de Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo (agosto-novembro de 1855)
Authors: Motta, Fernando da; Guimarães, Paulo Eduardo
Abstract: A cidade do Barreiro desfruta de uma localização privilegiada em frente a Lisboa,
banhada pelos rios Tejo e Coina, vias fluviais que marcaram decisivamente a sua
história económica. A partir da segunda metade do século XIX, o Barreiro deve ao caminho-de-ferro boa parte do seu crescimento populacional e
económico. Os caminhos-de-ferro foram os catalisadores de um impulso económico sem
precedentes no nosso país e a barreira do rio Tejo, no acesso a Sul, acabou por tornar o Barreiro num ponto nevrálgico da rede ferroviária nacional, como porta de entrada e saída do hinterland alentejano e algarvio, beneficiando ainda da ligação à cidade de Lisboa.
A partir de 1854, a pequena vila piscatória na margem sul do Tejo viu o curso da sua existência profundamente alterada pela decisão ministerial de mudar a estação terminal do caminho-de-ferro, inicialmente pensada para ficar em Aldeia Galega (Montijo). Essa decisão conduziu à aquisição de grandes áreas de terrenos para a construção na nova gare (a primeira em alvenaria construída em Portugal), assentamento de linha e construção de
um extenso aterro para a nova estação ferro-fluvial. Ao mesmo tempo, a área administrativa do concelho era multiplicada por cinco, enquanto a sociedade local se
alterava profundamente, acolhendo uma massa de operários e trabalhadores de todo o país.
À sua volta desenvolveram-se numerosas indústrias que, em conjunto com as
atividades ferroviárias, transformaram o Barreiro numa referência da revolução industrial em Portugal.
Esta comunicação insere-se no debate sobre a industrialização e as mudanças sociais, económicas e ambientais ocorridas em Portugal durante a Regeneração, no qual o
Barreiro se apresenta como um caso relevante. Recuaremos aos primeiros anos do
caminho-de-ferro e ao seu impacto na vida concelhia. Tendo como ponto de partida as
escrituras de compra de terrenos efetuadas pela Companhia Nacional de Caminhos de
Ferro ao Sul do Tejo e pelos seus sócios capitalistas, entre agosto e novembro de 1855, iremos analisar vários aspetos relacionados com as políticas desta companhia ferroviária e dos sócios.
Este processo histórico, teve profundas implicações sociais e económicas locais e
na região, com perdedores e vencedores. A nossa questão inicial é precisamente essa: quem beneficiou localmente com a chegada do caminho de ferro? Questionamos se
existiriam outros interesses entre os sócios capitalistas da Companhia de Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo, designadamente a aquisição de mais-valias futuras através da aquisição de terras. A documentação consultada nos registos cartoriais permitiu-
nos abordar alguns aspetos negligenciados da criação da rede de caminhos-de-ferro em
Portugal.
Por fim, salientaremos o valor patrimonial deste território, hoje industrializado.2021-06-10T23:00:00ZVisiones de la mina: cultura y sociabilidad en las minas portuguesas em la primera mitad del siglo XX
http://hdl.handle.net/10174/28757
Title: Visiones de la mina: cultura y sociabilidad en las minas portuguesas em la primera mitad del siglo XX
Authors: Guimarães, Paulo Eduardo
Abstract: En esta comunicación presentamos las visiones mostradas en diferentes narrativas y formas de intervención sobre los territorios mineros en Portugal, desde su período activo hasta la fase actual, marcada por acciones de intervención ambiental. A lo largo del siglo XX, junto al discurso geológico sobre el paisaje minero y la ingeniería empresarial, encontramos narrativas de viajes, novelas y textos de intervención que tenían como objetivo dar a conocer a la opinión pública la experiencia minera vivida desde abajo.
La experiencia minera atravesó la historia nacional y el pulso de la civilización industrial, involucró a regiones enteras, gobiernos, empresas, empresarios, ingenieros, técnicos, gente de la mina pero también de talleres, ferrocarriles y pre actividades. -metalúrgico. Los territorios mineros dispersos en el espacio nacional estuvieron marcados por diferentes experiencias según la escala de las operaciones, el tipo de mineral explorado y su duración. El espacio social está marcado por la disciplina, la organización, la complejidad, la jerarquía funcional y el poder de concentración que se extiende más allá de sus límites físicos. La segmentación social estuvo marcada por distintos espacios de sociabilidad. Allí nacieron y compitieron diferentes utopías, surgieron las primeras reacciones ambientalistas y formas contemporáneas de movilización.
Luego de la experiencia republicana, muestra cómo el período autoritario moldeó esta “cultura mineira” celebrada en momentos simbólicos de representación de la armonía social. Desde este punto de vista, fue significativa la formación de los grupos corales de Minas Gerais en el Sur que se presentan en concursos regionales promovidos por la Federación Nacional para la Alegría del Trabajo y su repertorio tradicionalista. La dinámica de estas representaciones queda ilustrada por la tardía adopción de un canto minero asturiano y su travesía para convertirse en el Himno de los Mineiros en Aljustrel. La política de la memoria es parte integral de la cultura de Minas Gerais construida por diferentes poderes que intervienen a lo largo del ciclo de vida de estos territorios, en los que la acción del patrimonio industrial se inscribe en su promoción como bien cultural y turístico.2020-12-11T00:00:00ZMining and health in Portugal in the first half of the 20th century: mutual aid associations and industrial paternalism
http://hdl.handle.net/10174/26916
Title: Mining and health in Portugal in the first half of the 20th century: mutual aid associations and industrial paternalism
Authors: Guimarães, Paulo Eduardo
Abstract: Mining work has been characterized by its physical violence, the risks of accidents involved, the injuries and the permanent invalidity due to the diseases acquired over the years under to the conditions of the different mining environments. The development of this activity has generated
new environments and new human communities throughout their life cycle. The action of mining companies regarding labourer's health was broader than of the immediate medical assistance to injured workers. In Portugal, the evolution of the health care and social assistance provided to the mining populations in illness and to the workers due to its occupations, and in death during the 19th and 20th century is still poorly known. During this period, workers also constituted mutual aid associations. The republican state, in turn, created the Institute of Social Compulsory Insurance and Social Security after the Great War in 1919. The companies had to create compulsory insurances for fatal accidents and ways to deal with sickness, accidents at work, disability, old age and to establish pensions for survival. With the institutionalization of the
corporate nationalist state in 1933, the Institute came under the authority of the new Sub-Secretariado das Corporações.
This communication presents the results of an archival survey of these mining institutions, describing their action and outlines the historic path towards the nationalization of care in sickness and death from the end of the nineteenth century until the third quarter of the twentieth century.2019-01-01T00:00:00Z