DSpace Collection:http://hdl.handle.net/10174/9232024-03-28T22:45:12Z2024-03-28T22:45:12ZA problemática formal no tento quinhentista português para tecla – o caso de António CarreiraFilipe Oliveirahttp://hdl.handle.net/10174/76102013-01-22T15:47:34Z2012-11-17T00:00:00ZTitle: A problemática formal no tento quinhentista português para tecla – o caso de António Carreira
Authors: Filipe Oliveira
Abstract: A presente comunicação é o resultado da investigação que tenho vindo a realizar em torno do manuscrito 242 da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (P-Cug MM 242). No ano passado, na primeira edição do ENIM (Porto/Casa da Música - 2011), apresentei uma comunicação centrada na relação entre algumas obras de António Carreira no MM 242 e a sua relação com as recomposições dos ricercari do Libro primo (1547) de Jacques Buus, constantes no mesmo manuscrito. Agora, na sequência da preparação para a edição moderna de uma série de outras peças atribuídas a Carreira, nunca até hoje editadas, pretendo discutir a problemática formal dos seus tentos/fantasias, em particular o gigantismo dimensional. Se esse dado analítico já havia sido sugerido em estudos anteriores que realizei sobre este tema, cuja publicação se encontra no prelo, é todavia a primeira vez que olharemos para peças recém-transcritas que corroboram as hipóteses então levantadas. Penso poder assim alargar o conhecimento que temos sobre a realidade do tento português quinhentista para tecla e lançar novas hipóteses relativas à sua inserção no âmbito do cerimonial litúrgico. Uma vez que o MM 242 é a única fonte conhecida que possui peças para tecla de Carreira, a primeira edição moderna de algumas das suas obras irá certamente esclarecer também muitos dos questionamentos que têm vindo a ser feitos a propósito da problemática das autorias. Através de uma série de elementos comparativos de análise formal e estilística pretendo enriquecer essa mesma discussão.2012-11-17T00:00:00Z“Manuel de Falla: O Retábulo de Mestre Pedro (1922)”Amaral, Pedrohttp://hdl.handle.net/10174/49472012-02-03T11:09:16Z2011-04-30T23:00:00ZTitle: “Manuel de Falla: O Retábulo de Mestre Pedro (1922)”
Authors: Amaral, Pedro
Abstract: Na fervilhante Paris das primeiras décadas do século, canto do cisne da belle époque, a Princesa de Polignac reinou entre os artistas como uma das mais insignes mecenas.
Americana de nascimento, herdeira das famosas máquinas Singer (perdoe-se-me a publicidade), mulher discreta e de grande elegância, aceitara casar em segundas núpcias com o Príncipe Edmond de Polignac (que, como ela, frequentava o sexo oposto sem lhe votar as suas preferências amorosas). O conveniente matrimónio entre estas duas figuras elegantes e independentes, na sua vida privada e nas suas relações, fora arranjado por Robert de Montesquiou, homem de letras, ao mesmo tempo ilustre e extravagante, sobejamente caricaturado na época, próximo de Proust e modelo literário do seu famoso Barão de Charlus.
Em Paris e em Veneza, a princesa de Polignac manterá famosos salões nos quais recebe alguns dos mais notáveis músicos do tempo. Fará estrear obras dos jovens e mais brilhantes compositores franceses de então – Debussy, Fauré, Chabrier… Para ela escreverá Ravel a sua Pavana para uma Infanta Defunta, Stravinsky o seu Renard, Satie o seu Socrate entre tantos, tantos outros…2011-04-30T23:00:00Z“Granados: Goyescas (1915)”Amaral, Pedrohttp://hdl.handle.net/10174/49462012-02-03T11:08:53Z2011-04-30T23:00:00ZTitle: “Granados: Goyescas (1915)”
Authors: Amaral, Pedro
Abstract: Após o sucesso das suas Goyescas, suite para piano escrita em 1911, Enrique Granados decide dar um passo mais adiante no caminho de uma obra cénica. Parte da mesma música anteriormente escrita para o instrumento solista e, com um libreto de Fernando Periquet y Zuaznabar, escreve em 1915 uma ópera magnífica em três quadros, também ela intitulada Goyescas, como a obra para piano que lhe deu origem.2011-04-30T23:00:00Z“Stockhausen: Licht (I e II)”Amaral, Pedrohttp://hdl.handle.net/10174/49452012-02-03T11:08:26Z2011-12-01T00:00:00ZTitle: “Stockhausen: Licht (I e II)”
Authors: Amaral, Pedro
Abstract: Stockhausen, Licht: composta entre 1978 e 2003.
Cerca de um quarto de século de composição praticamente ininterrupta permitiram a Stockhausen concretizar o seu imenso projecto de uma “heptalogia”, conjunto de sete óperas, cada uma das quais ligada a um dia da semana, para vozes instrumentos e bailarinos solistas, coros, orquestras, corpo de bailado, mimos e electrónica. Inicialmente concebido como um “Teatro de Deus”, “Licht” [“Luz”] coloca em cena três personagens simbólicas principais: Michael (o anjo dos exércitos celestes, etimologicamente, o “que é como Deus”), Eva (a figura feminina, materna) e Lúcifer (anjo com vontade própria, adversário de Deus e de toda a criação humana).
Há quem veja esta obra imensa como uma cosmogonia, com as suas figuras míticas, a sua simbologia própria, as suas forças incarnadas.
Sete óperas, uma “heptalogia” que constitui certamente a mais ampla, a mais extraordinária aventura operática da segunda metade do século XX.
Stockhausen, Licht [“Luz”]: sete óperas, uma “heptalogia”, seguindo o ritmo dos dias da semana. A cada ópera está associado um dia que lhe dá título: Segunda-feira de Luz, Terça-feira de Luz, etc., etc.
Ao longo destes sete dias – como através de uma viagem iniciática – assistimos a uma visão possível da história do homem através de três personagens centrais: a do próprio homem (aqui representado pela figura de Michael), a da mulher (Eva: a mulher, a mãe) e uma figura mais ambígua, feita de luz e trevas, figura da tentação e do conflito (aqui encarnada por Lúcifer).
O eco religioso cria uma incontornável grelha de leitura: Michael é construído à imagem do arcanjo, aquele “que é como Deus”, e que Stockhausen via Stockhausen como uma representação do próprio Cristo que, sendo deus, se fez homem. Eva é a mulher, a primeira mulher (não Maria, reparem) – e aqui, como sempre, Stockhausen inspira-se livremente no Antigo e no Novo Testamento. Quanto a Lúcifer, tal como desenhada por Stockhausen, a personagem segue quase o sentido etimológico do nome: não é tanto um diabo negro, mas, pelo contrário… lúci-fer, “lucem ferre”, aquele que “traz a luz”.2011-12-01T00:00:00Z